'Bicicleta fantasma foi instalada no local do acidente (Fotos: Portal Infonet) |
Passeios ciclísticos já fazem parte da rotina do trânsito da capital sergipana. Aglomerando muitas vezes dezenas de participantes, as ‘pedaladas’ ganham impulso pelos mais diversos motivos – desde a preocupação com o excesso de automóveis nas ruas até os protestos contra a corrupção no país.
O passeio ocorrido na noite da última terça-feira, 20, entretanto, teve origem numa tragédia do trânsito. Em volta feita nos bairros 13 de Julho, Coroa do Meio e Atalaia, os ciclistas pedalaram em homenagem a Rogério Pimentel Esteves, um funcionário da seccional sergipana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que morreu no dia 14 deste mês após ter sido atropelado no dia 11 enquanto andava de bicicleta.
O grupo – formado por ciclistas em geral e organizações como os Zuandeiros, Vida de Bike, Amigos do Pedal e Ciclo Urbano – realizou um ato no trecho da avenida Mário Jorge Menezes Vieira onde ocorreu o acidente. Faixas foram estendidas e uma ghost bike (bicicleta inteiramente pintada de branco, numa representação do ciclista falecido) pendurada em um poste. Os colegas de Esteves pediam por menos violência e mais respeito às leis de trânsito.
Artigo 201
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Grupo homenageou vítima de acidente |
Um dos principais pontos do manifesto era a disseminação do artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro, que diz que os veículos motorizados devem guardar distância de 1,5 metro nas passagens e ultrapassagens por bicicleta.
Para um dos fundadores do grupo Zuandeiros, Omar Aguiar, é lícito que o ciclista guarde a mesma distância com relação ao meio-fio. Transitar no limite da via com a calçada é um hábito muito comum entre os ciclistas para evitar o tráfego veloz dos carros e ajudar na fluidez das ruas e avenidas, mas isso pode acabar sendo perigoso, diz o manifestante. “Se a pessoa andar muito próxima ao meio-fio, pode não ser percebida pelos carros. Foi o que aconteceu com Rogério”, informa.
O também fundador dos Zuandeiros Gilton Melo acredita que, devido às condições de trânsito de Aracaju, a situação para quem utiliza a bicicleta como meio de locomoção é “preocupante”. “A gente percebe que o motorista se comporta como se não tivéssemos o direito de transitar nas vias”, reclama.
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Ato procurou conscientizar motoristas |
“A proposta do evento é mostrar ao motorista de veículos automotivos que a bicicleta também é veículo e, como tal, precisa de respeito”, resume um dos representantes da ONG Ciclo Urbano, Luciano Aranha. De acordo com ele, duas outras ‘bicicletas fantasmas’ já foram instaladas em Aracaju anteriormente para homenagear ciclistas vítimas de acidente: uma em novembro de 2010 e outra em fevereiro de 2011.
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