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| Naninho participará do Downhill Urbano (Foto: Ascom FSC) |
Inspirados pela adrenalina e a coragem, os ciclistas sergipanos José Julciano, o “naninho”, 24, e Eduardo Galvão, o “Dudu”, 20, embarcarão nesta quinta-feira, 02, para participarem da décima edição do Downhill Urbano de Santos, evento de grande envergadura do ciclismo extremo, de caráter internacional, que será realizado no Morro do José Menino, na cidade de Santos, em São Paulo, nos dias 03, 04 e 05 de fevereiro.
De acordo com Naninho, após a longa preparação das bikes e dos treinamentos, descer os 417 degraus que unem a Igreja do Monte Serrat (no topo) à fonte do Itororó, na parte baixa do morro, em um trajeto de aproximadamente 650m, será a realização de um sonho. “Testei meus limites ao máximo, descendo o Monte Carmelo (em Carmópolis) com tempos curtos e em várias situações, inclusive com chuva”, disse Julciano, dono do melhor tempo de descida em Sergipe.
Os dois ciclistas participarão pela primeira vez do Downhill de Santos, na categoria Profissional Elite, e não conseguem disfarçar a ansiedade de descer morro abaixo junto aos ídolos do segmento, em São Paulo. “Temos nossos limites e queremos testá-los ao máximo para representar bem o estado de Sergipe”, assevera Eduardo. Os ciclistas pediram ajuda e ganharam um quadro de bicicleta do tipo mountain bike para rifar e angariar recursos, além de outras doações, a exemplo de duas passagens aéreas, cedidas gentilmente pela Aliança Tur e o apoio da loja Kannídia Bikes.
Naninho e Dudu são experientes e destemidos na arte de voar baixo com suas bicicletas. Antes de decidirem enfrentar este desafio, ambos têm um longo histórico de prática do BMX, ou seja, uma bagagem importante que instigou esta meta há anos, pois “por mais que a gente participe de outras provas em vários estados, nunca terá o mesmo sabor”, delira Naninho, ávido pela oportunidade de sentir o vento na cara em alta velocidade.
“O downhill é uma prova contra o relógio, ou melhor, vence quem fizer o trajeto em menor tempo. Saltos, curvas ousadas e desempenho técnico exorbitante são imprescindíveis, pois em caso de queda, a prova estará praticamente perdida”, lembra Sidney “magal”, diretor de mountain bike da Federação Sergipana de Ciclismo. “A prova é bonita de se ver, mas praticá-la não é para qualquer um. O cronômetro não perdoa”, conclui “magal”.
O percurso deste ano apresenta obstáculos naturais e exige técnica e habilidade dos pilotos. Nomes como o brasileiro Walace Miranda, duas vezes vencedor das Descidas das Escadas de Santos; além do eslovaco Filip Polc (campeão em 2010); da atual campeã mundial de downhill, a francesa Emmeline Ragot, o chileno Antonio Leiva e a inglesa Fionn Griffiths prometem um final de semana de muita adrenalina na Baixada Santista.
A disputa pelo melhor tempo também será de Mario Jarrín (Equador), atual campeão da prova; Cedric Gracia (França, campeão em duas ocasiões); Chris Van Dine (EUA), Greg Minnaar (África do Sul), Sebastián Vasquez (Chile) e Melissa Buhl (EUA, campeã uma vez). Todos desejam tocar e frear o mínimo possível nos degraus da longa escadaria.
Os treinos começam na sexta-feira, 3 de fevereiro, com uma descida livre e uma cronometrada, seguem no sábado, com descidas cronometradas e classificação de 10 atletas das categorias masculinas e 5 da pró feminina para a final, domingo, ao vivo por uma emissora de TV aberta, a partir das 9h.
Fonte: Ascom FSC
