Prefeituras fecham as portas em protesto

“Um dos principais objetivos é informar a população sobre os efeitos da crise para que elas entendam o que está se passando, já que na maioria dos municípios a prefeitura é o principal gerador de emprego. Estamos tendo muitas dificuldades para manter as contas e já tem alguns prefeitos demitindo até concursados. Não queremos que isso generalize, queremos amenizar os efeitos da crise. Por isso nossa luta”, explica Roriz.

De acordo com o presidente da Associação de Municípios do Baixo e Vale do São Francisco e prefeito de Santana do São Francisco, Ricardo Roriz, o que os prefeitos estão fazendo não é ‘greve’ é uma mobilização. Para viabilizar medidas emergenciais para reduzir os efeitos da crise nas contas municipais, presidentes das associações prefeitos irão se reunir com o governador Marcelo Déda, logo mais às 10h, no Palácio dos Despachos.

Para o presidente da Associação dos prefeitos da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba, Gilson dos Anjos, o encontro é para reforçar o pedido de apoio aos  pleitos dos municípios. “Queremos a suspensão do pagamento da dívida do INSS e dos efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para não haver demissão em massa. Esse foi o entendimento das associações”, afirma Gilson, prefeito da Barra dos Coqueiros. Segundo ele algumas prefeituras já estão com 70% da folha de pagamento comprometida, quando o permitido é de somente 54%. “Isso não é culpa do prefeito, são os efeitos da crise”, enfatiza.