Ânimos ficam exaltados na Assembléia Legislativa

Discussão aconteceu no final da sessão desta quinta-feira, 15
Uma acirrada discussão envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa, Ulices Andrade (PDT), o líder da oposição, deputado Venâncio Fonseca (PP), e posteriormente o líder do governo, deputado Francisco Gualberto (PT), marcou a parte final da sessão desta quinta-feira, por volta das 13h30, quando os parlamentares se preparavam para iniciar a votação de projetos em plenário.

Tudo teve início quando Venâncio Fonseca questionou o presidente Ulices Andrade sobre a abertura de uma sessão extraordinária para apreciação e votação de projetos de lei do Legislativo e Executivo. Durante mais de dez minutos os dois discutiram usando o microfone, com cada um mostrando artigos do Regimento Interno para defender seu ponto de vista.

Irritado com as interferências do oposicionista, que tentava atrapalhar a votação, o líder governista Francisco Gualberto entrou na briga e disse que ninguém ali estava descumprindo o regimento da Casa. “Não dá para a gente ficar calado. O direito de uma minoria não pode sobrepor ao direito de uma maioria. E nós só estamos querendo o cumprimento do regimento, que é o instrumento que norteia os trabalhos na Assembleia”, argumentou Gualberto.

Com apenas seis integrantes, contra 18 governistas, a oposição havia conseguido um dia antes barrar o andamento da votação dos mesmos projetos. Isso porque muitos deputados da base aliada haviam deixado o plenário em pleno horário de votação. “Mas Venâncio Fonseca tem que entender que uma formiga não pode quebrar um trator. Hoje nos organizamos e fizemos a votação”, disse Francisco Gualberto.

E já que a oposição questionou com veemência o cumprimento do regimento interno, mesmo sem razão, segundo Gualberto, o líder governista anunciou também que sua bancada estaria abandonando um acordo feito anteriormente para uso da tribuna durante as sessões. Pelo regimento, um deputado só pode falar na tribuna se estiverem em plenário no mínimo oito parlamentares. “Portanto, estamos pedindo a suspensão do acordo anterior sobre o quorum para garantir as falações”, confirmou.

O relacionamento entre situação e oposição, que sempre foi considerado tranqüilo, ficou ruim no decorrer desta semana, quando a deputada Ana Lucia (PT) propôs a criação de uma comissão de bancada para visitar locais estragados pelas chuvas. A situação se sentiu excluída e protestou com veemência. “Nossa bancada tem o direito de constituir uma comissão, assim como a bancada deles (oposição) também tem. Como não seria uma comissão representativa do Poder Legislativo, não vimos nada de errado nisso”, explicou Gualberto.

Com os ânimos em estado de normalidade, os parlamentares se debruçaram sobre a pauta de votação até o meio da tarde. Foram votados projetos importantes como o que garante recursos financeiros para a construção de rodovias, outros que beneficiam as áreas de Cultura e Agricultura familiar, além de abertura de crédito, no valor de R$ 150 mil, para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, a ser aplicado no fortalecimento do Sistema de Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos.

Fonte: Agência Alese

 

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