O ex-prefeito do município de São Miguel do Aleixo, José Jairson da Graça, e o ex-secretário Municipal de Finanças, José Airton da Graça Junior, respondem a quatro ações por diversas irregularidades na aplicação de verbas públicas federais. O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) também processa outros três secretários e ex-membros da Comissão de Licitações do município. O procurador da República, Bruno Calabrich, explica que todas as irregularidades foram apontadas por relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU). Os documentos remetidos ao MPF apontaram má aplicação de verbas de diversos programas relacionados aos Ministérios da Educação (MEC), do Desenvolvimento Social (MDS) e da Saúde (MS). Educação Dentre os problemas apontados pela CGU estão a falta de documentos que comprovem a habilitação de empresas que participaram de licitações, não aplicação financeira de recursos e ausência identificação dos programas nos documentos apresentados para comprovar despesas. Era comum ainda à prefeitura não realizar a tomada de preços para justificar a dispensa de licitação. O prefeito alegou que as cotações eram feitas apenas por telefone, o que contrária a Lei de Licitações. Respondem a esse processo, além do ex-prefeito e do ex-secretário de Finanças, o ex-secretário de Educação Anderson de Jesus Alves e o ex-presidente da Comissão de Licitações José Alberto Barreto. Desenvolvimento Social Também com as verbas do Peti e do PAC, a prefeitura deixou de realizar a cotação de preços para dispensa de licitações. O objetivo dessas cotações é verificar se há adequação dos preços contratados aos praticados no mercado. “Na prática, a ausência da formalização confere ao administrador uma verdadeira “carta branca” para que efetue os gastos a seu talante, para a satisfação de quaisquer interesses e sem nenhuma espécie de controle”, afirma o procurador Bruno Calabrich. Neste caso, o MPF moveu uma ação civil e outra criminal contra o ex-prefeito e do ex-secretário de Finanças. O ex-secretário de Ação Social, José Valdeirton das Graças, também responde ao processo civil. Saúde Além da falta de cotação de preços nas licitações relacionadas a estes programas, foi identificada a contratação de profissionais para o PSF sem a realização de concurso público. Penalizações
No âmbito do MEC, foram identificadas irregularidades nos programas Dinheiro Direto na Escola para o ensino fundamental (PDDE), Apoio à alimentação escolar na educação básica (PNAE), Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE) e Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).
Foram identificadas irregularidades também nos programas de Erradicação de Trabalho Infantil (Peti) e Programa de Proteção Social à Criança, ao Adolescente e à Juventude (PAC), ambos do MDS. Os problemas identificados pela CGU na aplicação dessas verbas são semelhantes às irregularidades com verbas do MEC.
Existe ainda uma ação de improbidade administrativa contra José Jairson, José Airton, a ex-presidente da Comissão de Licitações Laudenice da Costa Santos e a ex-secretária de Saúde Juscileide Ferreira Garcia. Neste caso, houve má aplicação de verbas dos programas de Epidemiologia e Controle de Doenças, Saúde da Família (PSF), Assistência Farmacêutica Básica e PAB- Fixo.
Caso sejam condenados, os réus podem ser obrigados a devolver aos cofres as verbas públicas, pagar multa, perder os direitos políticos por até oito anos, perder o cargo público e ficar proibido de contratar com o poder público.
Fonte: MPF
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