Deputados lamentam atentado

Deputado Venâncio Fonseca (Fotos: Agência Alese)
O clima foi de consternação na manhã desta quarta-feira, 18, entre os deputados da Assembleia Legislativa, devido ao atentado sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Luiz Mendonça, hoje pela manhã. Ele e o motorista, cabo da Polícia Militar identificado como Jailton, ficaram feridos enquanto passavam pela avenida Beira-Mar.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Venâncio Fonseca (PP), classificou o crime como um absurdo e considerou uma ousadia por parte dos criminosos, o que deixa toda a sociedade sergipana perplexa. “Todos ficam preocupados com uma situação como essa. Se o presidente do

Deputado Augusto Bezerra
TRE é vítima de violência, imagina um cidadão comum”, questionou o deputado estadual, que expressou sua solidariedade às famílias das vítimas do atentado.

O crime, na observação de Venâncio Fonseca, foi um ato lamentável e que expõe Sergipe, mais uma vez, no cenário nacional a uma imagem ruim. “Infelizmente, ainda nos dias de hoje, acontece uma barbaridade como um atentado como este. Com certeza deixa todos consternados. Esperamos que a polícia resolva este caso o mais rápido possível, para tranquilizar a sociedade sergipana com a prisão e a punição destes marginais”, espera o parlamentar.

Deputada Ana Lúcia

O deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) considerou lamentável o atentado contra o presidente do TRE, mas atribuiu o crime à falta de segurança no Estado. O parlamentar aproveitou para fazer um alerta ao presidente da Assembleia Legislativa para aumentar a segurança da Casa, que ele considera deficiente.

“Não adianta reforçar o policiamento depois que acontecem as coisas. Mas, crimes como este, acontecem todos os dias nos bairros de Aracaju, quando bandidos entram nas casas e matam as pessoas dentro de suas próprias residências. É uma questão de segurança pública e é hora de fazer uma reflexão profunda”, comentou Bezerra.

Deputada Conceição Vieira
Crime organizado

A deputada estadual petista Ana Lúcia subiu à tribuna para registrar sua solidariedade às famílias das vítimas do atentado, que ela considerou um atentado típico de crime organizado e de pistolagem. Ana Lúcia disse que este tipo de crime ainda ocorre no Brasil e que é muito forte no Nordeste.

“Nós precisamos ver que até o momento nenhuma política pública conseguiu enfrentar esta pistolagem. Eu, quando era secretária de Inclusão Social, tive a oportunidade de acompanhar adolescentes que já faziam parte do crime organizado. Tinha um jovem de 16 anos, que já tinha eliminado seis pessoas.

Deputado Ulices Andrade
Ele era muito bem comportado, nunca criou nenhum problema e não queria sair do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), porque sabia que se saísse seria eliminado. Ele teve como encomenda sete pessoas, como se suas vítimas fossem objetos. É preciso discutir a questão da pistolagem, do crime organizado, do tráfico de droga, dos roubos de mercadoria, porque está tudo articulado no Brasil inteiro e no nosso Estado também”, analisou Ana Lúcia.

De acordo com a deputada estadual é preciso investimento em políticas públicas, para que uma criança ou um jovem não seja motivado a entrar em milícias ou no crime organizado. Ana Lúcia lamentou que existam pessoas que se acham no direito de tirar a vida de outras só pelo fato de discordar de opiniões, valores e comportamento. Ela acredita que isto sirva como porta de entrada para as milícias penetrarem em toda a sociedade.

Ana Lúcia disse que este é o momento da Assembleia Legislativa ficar preocupada e fazer ações contra o crime organizado no Estado. “Nosso governo, com certeza, já está tomando as providências, porque isto não é um problema de segurança pública, mas acima de tudo social e político também, mas no sentido mais amplo das políticas, seja ela econômica, seja social, como consequência dessas políticas, de uma visão muito autoritária e vertical de um estado brasileiro que sempre foi patrimonialista, em que o poder econômico, cultural e social, que domina as relações sociais. Alguns se acham proprietário do Estado”, analisou a deputada.

Para Ana Lúcia reações deste tipo, em ano eleitoral, quando o presidente do TRE sofre um atentado junto com seu motorista, que ficou gravemente ferido, é um caso lamentável. A parlamentar concluiu seu pronunciamento afirmando que o Estado tem que saber a situação social para fazer a proteção adequada “porque é assim que o Estado, que é protetor tem que se comportar”.

Expostos

Conceição Vieira (PT) também se pronunciou sobre o atentado ao presidente do TRE, e expressou seu pesar ao desembargador Luiz Mendonça. “Da mesma forma que nós sentimos com uma autoridade, sentimos também em relação ao cidadão comum. Mas este crime mostra os riscos aos quais todos nós, homens e mulheres públicos, estamos expostos”, considerou a parlamentar.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ulices Andrade, também lamentou o episódio e se solidarizou com a família do desembargador Luiz Antônio e do motorista, que saiu ferido gravemente no atentado. Ulices, que esteve ausente da sessão desta quarta-feira por motivos particulares, disse que o crime exige medidas rápidas para buscar os responsáveis.

Fonte: Agência Alese

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