Angélica pede a ministro vacina contra HPV na rede pública

Angélica Guimarães ressaltou que vacina já existe na rede privada (Foto: Arquivo Infonet)
A Assembleia Legislativa aprovou Moção, de autoria da presidente da Casa, Angélica Guimarães (PSC), ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sugerindo a liberação de vacina, gratuita, contra o papiloma vírus humano, doença sexualmente transmissível e conhecida como HPV.

O HPV é o principal causador do câncer do colo do útero, tumores no pênis, ânus, boca e garganta. “É importante que o governo federal institua a vacina contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou a deputada, ressaltando que mais de 80% dos casos de câncer de colo uterino há concomitância do vírus HPV.

Ela afirmou que a vacina já existe na rede privada de saúde, beneficiando as mulheres das classes média e alta. “Mas a vacina ainda não existe como política pública no SUS, ou seja, ela ainda não é disponibilizada nos postos de saúde”, argumentou a presidentente.

A moção é destinada ao ministro José Gomes Temporão, mas também será encaminhada para a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Nilcéia Freire, e para todas as mulheres deputadas federais e senadoras, que compõem a bancada federal, para que tenham conhecimento e possam sensibilizar o ministro para que se institua, em nível federal, a vacina contra o HPV.

Câmara Federal

A Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde informou que tramita na Câmara o Projeto de Lei 6820/10, do Senado, que inclui a vacina contra o vírus HPV no calendário de vacinações do Programa Nacional de Imunizações, do governo federal. As vacinas oferecidas por meio do programa são gratuitas.  O Ministério da Saúde estima que, a cada ano, surjam mais de 600 mil casos da doença no Brasil. Estudos comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Na maioria dos casos, a infecção é transitória e não chega a desenvolver sintomas, mas nos tipos mais graves, o vírus aparece como principal fator de risco de câncer de colo do útero.

No Brasil, o câncer do colo uterino é a segunda maior causa por morte de câncer entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A visita ao ginecologista regularmente e fazer o exame preventivo é fundamental, além do uso do preservativo. O exame preventivo tem a capacidade de detectar as lesões que antecedem o câncer, o que facilita o tratamento. Na maioria das pessoas, essas lesões regridem espontaneamente. Em algumas mulheres, porém, a doença pode persistir e progredir.

Para evitar que a contaminação pelo HPV se transforme em câncer, é fundamental que as mulheres se submetam ao exame Papanicolaou regularmente. O Ministério da Saúde também recomenda visitas freqüentes a ginecologistas, para prevenção de doenças relacionadas à sexualidade e à reprodução. Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento desse câncer em mulheres infectadas pelo HPV. Entre eles, estão o número elevado de gestações, o uso de contraceptivos orais, tabagismo e infecção pelo HIV e outras DST.

HPV

O Portal da Saúde do Ministério da Saúde (DST/Aids), informa que o condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo HPV. Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente. 

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta.

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto. 

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina previne contra a infecção por HPV. Uma dessas é a vacinas quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18. A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas no site do Ministério da Saúde: www.portal.saude.gov.br.

Fonte: Alese

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