João Daniel preocupado com Reforma Florestal

João Daniel (Foto: Maria Odília)

A votação do Código Florestal no Congresso foi tema do discurso do deputado estadual João Daniel na manhã desta quarta-feira, 27, na Assembleia Legislativa. O parlamentar chamou a atenção dos colegas para um assunto que considera de grande importância para os sergipanos e as futuras gerações. O projeto de Lei estabelece regras para a preservação dos rios, florestas e encostas, sem prejudicar a produção de alimentos e a criação de gado.

Segundo João Daniel, o Código Florestal envolve estados e municípios e precisa entrar na pauta de discussão do parlamento estadual. “A questão do meio ambiente sempre foi debatida por mim. É um tema que me preocupa. A lei é antiga e há uma articulação no Congresso. A via campesina (organização internacional de camponeses) lamenta que se faça a defesa da proposta de mudanças”, observou. O primeiro Código Florestal é de 1934. Em 1965 foi estabelecida outra proposta. O meio ambiente ficou em segundo plano e os governos passaram ocupar os vazios do território nacional, aumentando a produção de alimentos.

O deputado afirma que a Assembleia será palco de discussão do tema. Lembrou que a deputada Conceição Vieira convidou o deputado federal Márcio Macedo, que é da área ambiental, além de ambientalistas e outros segmentos para debater o Código Florestal no próximo dia 5, no Plenário. “Não sou contra mudanças, mas sou contra a proposta porque há vários interesses em jogo, como o de grande empresas multinacionais. Na Bahia hoje existem milhares de hectares adquiridos por grandes multinacionais, especialmente os chineses”. João Daniel citou o caso da cidade de Luiz Eduardo Magalhães, 10 mil hectares de terra estão nas mãos de estrangeiros.

“Não se admitem mudanças para favorecer as multinacionais”, declarou João Daniel, ao afirmar que seu ponto de vista é semelhante ao de entidades como o MST, de estudantes de engenharia florestal, de ONGs como a de Atingidos por Barragens, de ambientalistas. “Todos têm sido contra essa proposta. Há uma mobilização nacional contra o novo Código Florestal. Quando me posiciono contra o código não é porque defendo os pequenos agricultores, mas por questões relacionadas com o meio ambiente, como o bioma da caatinga, a mata atlântica. Todos devem debater esse assunto porque é fundamental que se priorize a defesa de um projeto que respeite o homem e a natureza. Podemos explorar a terra, mas temos que respeitar a natureza”.

Fonte: Agência Alese

 

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