Professores: Projeto do Executivo passa nas três comissões

Ana Lúcia deixa deputados da situação…

“Temos que acabar com esse mito de Marcelo Déda no movimento sindical. Movimento Sindical era Diomedes Silva e eu sou da época de Diomedes. Marcelo Déda nunca comandou greves. Marcelo Déda participou quando nós estávamos ‘enterrando o Governo Valadares’ e a polícia foi colocada para nos bater, com gás lacrimogêneo, então não adianta ficarem dizendo que Déda era do movimento grevista. Movimento grevista era eu, era Francisco Gualberto”.

A afirmação foi feita na manhã desta quarta-feira, 8, pela deputada Ana Lúcia Menezes (PT), quando da discussão do projeto do Executivo sobre o reajuste do magistério na Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa, acrescentando que outro mito é afirmar que por ser aliada do governador, tem que votar contra os professores. “Nesse momento eu sou do partido. As disputas são internas e externas”, entende.

…e da oposição, pensativos

A deputada disse ainda que continua defendendo a inconstitucionalidade do projeto. “O inciso oito é claro quando diz que o Piso tem que se adequar ao Plano de Carreira. Infelizmente os professores conquistam as leis, mas na hora da aplicação, tem dez mil desculpas. Um estado não pode ser comparado com outro, se fosse assim, a gente queria o salário do Distrito Federal. Não adianta comparar porque os valores são outros”, afirma Ana Lúcia.

Ela disse ainda que o Governo precisa ‘cortar as gorduras’. “Nós queremos avançar e não retroagir e não aceitamos que o nosso governador faça comparações. Ano passado foi pago tudo direitinho, este ano tem o Fundeb, que dá para pagar. O que precisa é cortar as gorduras, os professores precisam voltar para as salas de aula, mas o Governo é benevolente e pela primeira vez vemos oposição e situação nos cargos”, lamenta.

Oposição

Professores acompanham discussões (Fotos: Portal Infonet)

O deputado Venâncio Fonseca (PP) afirmou ter ficado surpreso com as declarações de Ana Lúcia. “Eu achava que Marcelo Déda participava do movimento grevista e acabei de ouvir que isso é um mito. Lamento deputada, que a senhora tenha defendido o trabalhador, no PSTU, no PT e agora chega no que está chegando, mas vamos para o teor do projeto. A oposição não foge do debate e vamos enfrentar no discurso tranquilo, até porque Vossa Excelência e o seu agrupamento não são melhores que os outros. Como bem disse a deputada Ana Lúcia, o Governo precisa cortar as gorduras. Entendo que se não fizer isso logo vai ficar com colesterol alto”, diz Venâncio Fonseca.

Após as discussões, o deputado pastor Antônio dos Santos (PSC) abriu a votação. O projeto foi aprovado em duas comissões, a de Administração e de Economia e Tributos. Nas duas comissões, votaram em favor dos professores os dois deputados da oposição presentes: Venâncio Fonseca (PP) e Augusto Bezerra (DEM).

Em seguida os deputados desceram para o plenário com o propósito de votar o projeto ainda na manhã. Com as galerias repletas de professores apreensivos, após a leitura dos trabalhos, a surpresa: o projeto não foi lido e com isso a votação ficou para esta quinta-feira, 9. A explicação é de que alguns deputados faltaram, a exemplo de Susana Azevedo (PSC) e Paulinho da Varzinhas (PTdoB).

Por Aldaci de Souza

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