Prefeito apresenta projeto do aterro sanitário

Edvaldo Nogueira apresenta o projeto (Fotos: Portal Infonet)

“Eu dependo mais dos outros do que da minha vontade. Se dependesse de mim, o aterro sanitário da região metropolitana de Aracaju já estava concluído”. A afirmação foi feita na manhã desta quinta-feira, 21 pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) durante apresentação do projeto do aterro aos secretários municipais, promotores do Ministério Público Estadual, representantes das Vigilâncias Sanitárias do Estado e Município e da imprensa.

O prefeito fez questão de deixar claro que o projeto não foi feito às pressas, após a matéria exibida no programa Fantástico [Rede Globo] destacando o depósito de lixo hospitalar no mesmo espaço do lixo domiciliar, no aterro controlado do bairro Santa Maria, antiga Lixeira da Terra Dura.

“Nós apresentamos esse mesmo projeto em setembro de 2010 durante audiência pública realizada em Nossa Senhora do Socorro, com a presença dos prefeitos  Fábio Henrique [Socorro] e Alex Rocha [São Cristóvão] e de representantes do Ministério Público. Não mostramos mais porque estávamos aguardando uma reposta da Adema, quanto à liberação da Licença Ambiental, mas agora por conta da matéria, nos vimos na responsabilidade de mostrar que desde 2007 estamos lutando pela implantação do aterro sanitário metropolitano, mas infelizmente não depende só de mim, mas de outros”, justifica Edvaldo Nogueira.

Área do aterro metropolitano na Palestina

Na ocasião, o prefeito exibiu um filme destacando a localização do aterro no bairro Palestina, com investimento de R$ 789.920,11 por parte da Prefeitura de Aracaju [o investimento total é de R$ 18 milhões de reais]; Lençol freático com distância mínima de três metros da superfície; permeabilidade do solo inferior a 5 x 10 cm/s; distância mínima de 200 metros de curso d’água; distância mínima de 500 metros de núcleos populacionais; direção predominante dos ventos e raio de 20 km do aeroporto.

“O estudo levou em consideração ainda a distância do centro gerador, que é de extrema importância, pois quanto mais próximo, mais economia, a existência de vias de acesso. Disponibilidade de infraestrutura, de material de cobertura, titularidade e preço da terra”, afirma lembrando que a Prefeitura de Aracaju pesquisou 20 áreas em Aracaju e na Barra dos Coqueiros, mas tornou-se inviável por conta do lençol freático.

Lixo hospitalar

Promotora Adriana Ribeiro aguarda concretização do projeto

Voltando a falar sobre a decisão em proibir que as quatro empresas autorizadas a entrar no aterro controlado, continuem depositando lixo hospitalar, o prefeito Edvaldo Nogueira foi enfático:

“Quem gera lixo hospitalar é quem tem a obrigação de dar um destino. Vai ter muito hospital que pode fechar as portas, quando tiver que fazer amputações em pacientes e não tiver onde colocar. Ninguém venha dizer que existem máquinas que façam o tratamento desse lixo. Não existe solução a não ser um aterro sanitário”, entende destacando que o aterro sanitário da região metropolitana terá vida útil de 11 anos.

MPE

A promotora Adriana Ribeiro, da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, participou da apresentação e disse ter ficado satisfeita. “Eu fiquei satisfeita sim com o material aqui apresentado. Agora a esperança é de que seja logo concretizado”, ressalta.

A alegação da Adema é de que a área da Palestina não é o melhor local por conta da existência de lençóis freáticos, mas o parecer definitivo da Adema ainda não foi emitido. Caso haja a aprovação, a Prefeitura de Aracaju garante a conclusão das obras em um prazo de até um ano e meio.

Por Aldaci de Souza

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