Reajuste linear ainda precisa de cortes de despesa

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Não anunciamos ainda o reajuste dos servidores pois todo o esforço da administração tem sido o de cortar despesas e reduzir custeio para tentar os recursos necessários para a concessão de um reajuste linear para todas as categorias, disse o Governador Marcelo Deda na audiência que concedeu aos professores. Adiantou: “Temos tido dificuldade para encontrar a fonte das receitas que vão financiar esse reajuste”.

Sobre a greve dos professores, o Chefe do Governo foi claro: “É impossível conceder o reajuste de 22% pleiteado pela categoria. Estamos tendo dificuldades para encontrar até os 5% para recompor a inflação para o conjunto dos servidores”. O Governador lembrou que o reajuste da lei do piso do ano passado está sendo pago ainda este ano, com recursos desse ano, cirando embaraços com outras obrigações existentes, fornecedores e investimentos.  E pediu então a compreensão do Sindicato e colocou à disposição os técnicos do governo para qualquer questionamento ou esclarecimento sobre os números da receita e despesa, o comportamento deste ano e os gastos do ano passado, “para que possam ter uma informação mais precisa a respeito da situação financeira, orçamentária e fiscal do Estado”.  O governador mostrou que o Estado não tem hoje uma lei obrigando-o a pagar o piso a toda a categoria e, sim, aqueles que tem nível médio, que são hoje cerca de 300 professores.

Compreensão

Em todos estes anos – cinco, a caminho do sexto ano – em que Marcelo Deda é Governador, os professores tiveram avanço na carreira. “Dentro do organograma do Magistério, há níveis que tiveram reajuste superior a duzentos por cento ao longo de cinco anos. O nível 4P, letra J, em 2006 tinha uma remuneração de R$ 2.250, mas hoje R$ 6.600,00. Para o governador, o ideal seria poder oferecer um reajuste de 22% não só ao Magistério como a todos os servidores do Estado. “Infelizmente não temos condições. Peço a compreensão dos professores no sentido de que não prejudiquem os estudantes. Tivemos um volume muito grande de aposentadorias nos últimos dois anos.

No momento em que se melhorou o salário, as pessoas procuram se aposentar, isso gerou um déficit de previdência superior a 30%. Se o Estado estivesse em condições de parcelar, buscaríamos um consenso. Agora não estamos nem em condições de parcelar”. Agora, a bola está com os professores. Se a greve foro mantida, o governo poderá pedir na Justiça a sua ilegalidade. Se a greve se encerrar hoje, não é uma derrota para os professores. Afinal, tentar um reajuste como esse de 22% para toda a categoria não é fácil de ser concedido.

Por Ivan Valença

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