Servidores vão parar atividades na Justiça Eleitoral

Pacheco: insatisfação com o Governo Federal (Foto: Portal Infonet)

Os servidores da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal estão em estado de greve no Estado de Sergipe e prometem parar as atividades na próxima quarta-feira, 22. A decisão foi tomada no início da tarde desta quarta-feira, 15, pelas três categorias.

De acordo com informações do coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de Sergipe (Sindjuf), José Pinto Pacheco, os servidores vão parar as atividades por 24 horas na quarta-feira da próxima semana, dia 22.

Durante a paralisação, os servidores realizarão algumas atividades de mobilização e, ao meio-dia, realizarão assembleia geral na porta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para avaliar indicativo de greve geral por tempo indeterminado. O sindicalista Pinto Pacheco informa que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já demonstraram preocupação com os efeitos da greve dos servidores às vésperas de um pleito eleitoral para escolha de prefeitos e vereadores no Brasil.

Calendário eleitoral

Para Pacheco, os prejuízos da greve recairão sobre o calendário eleitoral. “Não há margem para manipulação de datas no calendário eleitoral e imputamos responsabilidade ao Governo Federal que deixou os servidores sem reajuste há seis anos”, observa o sindicalista.

O coordenador geral do Sindjuf observa que não apenas a Justiça Eleitoral será prejudicada com a possível greve dos servidores. Os cidadãos que buscam direitos na Justiça do Trabalho e também na Justiça Federal poderão ficar frustrados com a morosidade que poderá ocorrer nos julgamentos devido à greve dos servidores.

Os servidores lutam pela implantação imediata do Plano de Cargos e Salários que está em tramitação no Congresso Nacional desde o ano de 2009. “E para a implantação o próprio projeto deve ser revisto porque já há uma inflação de três anos”, observa Pacheco.

Procurado pelo Portal Infonet, o diretor geral do TRE em Sergipe, Tadeu Nascimento, se manifestou informando que o tribunal ainda não recebeu informação oficial sobre o indicativo de greve anunciado pelos servidores. Ele diz que, quando for informado, serão tomadas as “devidas providências”. E, quanto aos reflexos no calendário eleitoral, o diretor revela que somente o TSE pode se posicionar a respeito de possíveis mudanças.

Por Cássia Santana