Servidores fazem ato de protesto contra Governo Federal

Servidores do MPU lutam por valorização da carreira (Fotos: Portal Infonet)

Servidores públicos do Ministério da Saúde, do Ministério Público da União, Justiça Federal, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) e professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, 30 na Praça Fausto Cardoso. Eles lutam contra a falta de reajuste salarial há seis anos  e pela reposição das perdas provocadas pela inflação.

“Nós não aceitamos a proposta unificada do Governo Federal [15.8%] porque o tratamento não é igualitário, existem situações diferenciadas. O Plano de Cragos Carreira e Vencimentos (PCCV) dos servidores do Ministério Público da União e da Justiça Federal está em andamento no Congresso Nacional desde 2009 e até agora ao foi votado”, lamenta o representante do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasemmpu), Cristiano de Oliveira.

Cristiano de Oliveira, representante da categoria

De acordo com ele, a Constituição Federal prevê autonomia orçamentária. “Só que a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi cortada antecipadamente pela presidente Dilma Rousseff e isso nunca tinha acontecido na história desse país, o que vem revoltando os servidores. E ontem (29) o procurador geral da República, Roberto Gurgel afirmou que por conta do ‘mensalão’, essas instituições estão pagando um preço muito alto. A Polícia Federal investiga, o Ministério Público denuncia e o Poder Judiciário julga e condena e são essas instituições que estão sendo atacadas”, enfatiza.

Já os servidores do Ministério da Saúde, estavam lamentando o corte nos salários por conta dos mais de dois meses de greve. “Meu contra-cheque referente a agosto de 2012, veio apenas R$ 299, 24, quando deveria ter sido de R% 5.044. Como podem fazer isso com trabalhadores que têm famílias para sustentar, justo quem sempre pregou em favor do trabalhador, agora está massacrando”, destaca o sindicalista Ricardo Oliveira, funcionário da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Ricardo exibe contra-cheque com corte no salário

Os professores e servidores do IFS estão completando 77 dias de greve. “Ainda não foi fechado acordo com as duas categorias e com isso, o movimento grevista prossegue enquanto o Governo Federal não atender às nossas reivindicações. É bom deixar claro que o reajuste anunciado pelo Governo é para ser pago em três anos a partir de 2013 e que nas negociações, não está contemplando o Plano de Cargos e Salários”, ressalta Wilian Siqueira, representante das categorias.

E os professores da Universidade Federal de Sergipe deixaram claro que sem acordo, a greve de mais de dois meses continua. “O Governo não fechou acordo com os trabalhadores, pois quer assinar uma tabela até 2015, que acaba destituindo a carreira e dessa forma os docentes não aceitam, diferente das outras categorias que possuem pautas específicas”, explica a professora Sônia Mary.

Representantes do IFS

Professora Sonia Mary

Peça de teatro foi encenada na praça

Na ocasião, professores e alunos da UFS encenaram uma peça teatral mostrando à presidente Dilma Rousseff, a insatisfação da categoria.

Por Aldaci de Souza

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