Sem divulgação, sabatina de Susana repercute na Alese

Ana Lúcia: "Foi um erro da mesa diretora" (Foto: Maria Odília/Agência Alese)

A sabatina feita à deputada Susana Azevedo (PSC) no final da manhã desta segunda-feira, 24, sem qualquer divulgação por parte da Assembleia Legislativa de Sergipe, pegou muita gente de surpresa, inclusive alguns deputados que não sabiam que a Comissão Especial havia marcado a data, justamente em um dia em que não tem sessão plenária. Para a deputada Ana Lúcia Vieira (PT), a falta de divulgação foi um erro da mesa diretora.

Susana Azevedo disputa vaga de conselheira no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com o ex-deputado estadual e atual secretário de Estado de Educação, Belivaldo Chagas (PSB). A Comissão Especial que sabatinou Susana Azevedo foi constituída pelos deputados Raimundo Vieira (PSL), Venâncio Fonseca (PP), Zé Franco (PDT) – presidente da Comissão, Antônio dos Santos (PSC) – relator, e João Daniel (PT) – vice-presidente da Comissão.

“Nos dias atuais, com tantos recursos tecnológicos para facilitar o fluxo de informação, não há como negar que a não divulgação da reunião foi um erro da mesa diretora. Nossa educação ainda é muito autoritária, e este erro deve ser corrigido. Quando falo de educação autoritária não me refiro só à educação escolar, mas à própria experiência vivenciada pela população brasileira, que passou por um processo de colonização, pelo regime de escravatura, por uma Ditadura Militar, fazendo com que um comportamento autoritário e antidemocrático seja tido como natural”, enfatiza.

Ela disse ainda que a escolha do nome para o Tribunal de Contas tem gerado uma grande discussão, e como todos os deputados irão votar para decidir quem será o próximo conselheiro, a participação ou não das sabatinas é uma opção de cada parlamentar, que precisa ser previamente informado sobre o dia e local da reunião.

“Esta Casa deve dar exemplo na consolidação da nossa democracia, que é uma construção diária. Somos 24 deputados com diferenças ideológicas profundas, mas todos nós fazemos parte desse colegiado e devemos ser comunicados de reuniões e sessões especiais feitas em dias e horários diferentes do estabelecido”, entende Ana Lúcia.

Por Aldaci de Souza