Tristeza domina família do deputado Adelson Barreto

Deputado Adelson Barreto: "Até mesmo na Assembleia o chamam de Adelsinho"

Tristeza. É esse o sentimento na família e entre os amigos do deputado estadual Adelson Barreto (PSB), por conta da investigação de falsidade ideológica por parte da Polícia Federal, quanto ao fato de Tijoi Barreto Evangelista [eleito vereador de Aracaju com 5.091 votos] não ser o filho biológico do deputado e ter sido registrado com o nome de Adelson Barreto Filho.

A abertura do inquérito foi solicitada pelo promotor, Paulo Vieira Messias, da 2ª Zona Eleitoral. E o caso vem sendo acompanhado pelo advogado de defesa Fabiano Feitosa, que está aguardando o desenrolar da Justiça para se manifestar legalmente.

“O menino é filho afetivo do deputado Adelson Barreto. Ele na verdade é sobrinho, mas é criado por Adelson desde os três anos de idade. E hoje a paternidade afetiva é muito comum. Desde pequeno, ele é chamado na comunidade de Adelsinho, de Adelson Barreto Filho”, explica Fabiano Feitosa.

Adelson Barreto Filho é criado pelo deputado desde os três anos de idade (Foto: Reprodução Cartaz Campanha)

O advogado disse ainda que antes de registrar a candidatura, Adelson Barreto o consultou para saber se teria algum problema registrar com o nome que o filho afetivo costuma ser chamado.

“Eu respondi que se tivesse algum problema a Justiça Eleitoral iria convocá-lo para provar que é conhecido como Adelson Barreto Filho. Eu entendi que se o registro fosse feito no nome de Tijoi, o menino iria ser prejudicado porque ninguém o conhece como Tijoi. E a Justiça não chamou. Quando resolveu, foi poucos dias antes do pleito e já não deu tempo”, esclarece.

Mendonça

Caso semelhante de registro com outros nomes e com apelidos dos candidatos, existe até os dias atuais, a exemplo do deputado federal Mendonça Prado (DEM). O nome dele é José de Araújo Mendonça Sobrinho, mas quando se elegeu vereador de Aracaju, o pai [Luciano Prado] era deputado estadual. Com isso ele registrou a candidatura como Mendonça Prado.

“E como fica a situação de todos os candidatos super-amigos? Robin, Batman, Huck, além de todos os demais candidatos que registraram as candidaturas com outros nomes ou com apelidos”, indaga o advogado Fabiano Feitosa.

Tristeza

Sargento Vieira é o primeiro suplente da coligação (Foto: Divulgação Facebook)

“Nós estamos todos muito tristes. O garoto é meu sobrinho, mas eu estou criando desde os três anos de idade, quando os pais dele morreram. Ele me chama de pai e é conhecido sim como Adelson Barreto Filho. Até mesmo na Assembleia, o chamam de Adelsinho, que hoje está com 27 anos. Nunca escondi que eu crio o menino e antes de registrar a candidatura, procurei saber se podia, não tendo sido impugnada. Chegaram ao absurdo de dizer que eu estava dublando a fala do meu filho no programa eleitoral”, lamenta Adelson Barreto.

O deputado lembrou que sua vida política vem sendo perseguida há muitos anos. “Eu me elegi deputado federal e não pude assumir. Tentei registrar candidaturas em Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro e Aracaju, mas fui impedido pelo partido. Agora, em meio a alegria, aparece esse problema”, desabafa.

Suplente

Caso a Justiça Eleitoral decida pela cassação do mandato de Adelson Barreto Filho (PSL), deverá assumir o primeiro suplente da coligação, o Sargento Vieira (PR), que obteve 3.714 votos no último domingo, 7 de outubro. “Eu sei que sou o primeiro suplente, mas não quero lutar por essa vaga, até porque não acho justo. O garoto foi eleito com mais de cinco mil votos. Não quero nem me envolver nesse episódio”, adianta Sargento Vieira.

Por Aldaci de Souza

* A matéria foi alterada para atualizar o nome do filho afetivo de Adelson Barreto.

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