Parlamentar clama para reforma política vigorar em 2014

Venâncio: plebiscito não resolve problemas sociais (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Todos elogiam a consulta popular, mas a realização do plebiscito para concretizar a almejada reforma política divide opiniões. Alguns parlamentares sergipanos ouvidos pelo Portal Infonet demonstram preocupação com os prazos para que as novas regras eleitorais possam vigorar nas próximas eleições, que acontecem no próximo ano, e há quem entenda que a população não está devidamente preparada para opinar sobre os novos procedimentos que nortearão as eleições brasileiras.

O senador Eduardo Amorim (PSC) não vê no plebiscito a alternativa para promover as mudanças que a população clama. “É sempre bom ouvir o povo, mas este plebiscito não vai resolver os problemas do país, não resolve a qualidade dos serviços, que o povo clama nas ruas”, considera.

O deputado Venâncio Fonseca (PP), líder da oposição na Assembleia Legislativa, também não acredita que a consulta popular, neste momento, possa dar a contribuição necessária para promover profundas mudanças. “Não tem plebiscito no mundo que dê jeito se continuar com os mesmos costumes, sem resolver os problemas que existem na educação, na saúde, na segurança pública, na impunidade, na corrupção…”, opina.

Marketing

Márcio Macedo: fim do financiamento de campanha feito por empresas

Para Venâncio Fonseca, vencerão, no plebiscito, as propostas defendidas pelos bons marketeiros. “Vencerá quem fizer o marketing político bem feito. A maior influência é a do marketing. A população não está preparada para esta discussão, a população não sabe o que é voto distrital, lista fechada, coligação proporcional ou voto de legenda”, comenta.

O deputado federal Márcio Macedo (PT) combate a tese de Venâncio Fonseca e solta a voz para defender a “reforma polícia com plebiscito já”. Na ótica de Márcio Macedo, a população está sim preparada para ir às urnas e defender as regras. “Mostrou-se preparada para colocar um milhão e meio de pessoas nas ruas, então está preparada sim para o plebiscito”, conceitua Macedo. “Não subestimo o povo”, complementa.

O vereador Vinícius Porto (DEM), presidente da Câmara Municipal de Vereadores, não vê problemas e defende que o plebiscito seja realizado entre este e o próximo mês. O parlamentar acredita que, obedecendo os 70 dias de prazo mínimo estabelecido pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE) para a realização do plebiscito, as mudanças propostas não poderão servir de regra  para o próximo pleito eleitoral. “Plebiscito em setembro não vai resolver nada, tem que ser feito logo”, comenta.

Vinícius Porto (ao centro): preocupação com data

Os parlamentares ouvidos pelo Portal Infonet defendem eleições gerais unificadas, fim da proporcionalidade de forma a garantir a eleição dos mais votados e a fidelidade partidária. Mas há divergência quando se trata de voto distrital, voto de lista ou financiamento público de campanha.

O senador Eduardo Amorim, por exemplo, ainda não se definiu quanto a esta última questão, enquanto o deputado Márcio Macedo apresenta como alternativa o financiamento público aliado a contribuições de pessoas físicas a partidos e candidatos. “Não defendo a contribuição de pessoa jurídica porque empresa não vota”, justifica.

Por Cássia Santana

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