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Coletiva aconteceu no auditório do Sindicato dos Bancários (Fotos: Portal Infonet) |
Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores de Sergipe (CTB), da União Geral dos Trabalhadores (UGT/SE), do Conlutas/SE e da Força Sindical/SE concederam entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 1º na sede do Sindicato dos Bancários. Na ocasião, eles anunciaram uma paralisação para o próximo dia 6 de agosto, com ato na porta da Federal das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) para protestar contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta o processo de terceirizações no Brasil.
“As centrais estão chamando esse ato, esse Dia de Movimentação e atividades gerais no país porque não avançou no Congresso. Nós entendemos que o projeto 4330 seja engavetado. O Governo e os deputados não aceitam e as centrais sindicais fizeram algumas discussões numa forma de fazer com que o trabalhador não seja prejudicado, mas isso não avançou”, explica o representante da CUT, Roberto Silva.
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Alexandre Delmondes, da Força Sindical |
Ele relatou as questões que as centrais sindicais entendem como cruciais. “Se a empresa terceirizada alega falência, não paga os salários dos trabalhadores como a gente já viu aqui em Sergipe, a contratante deve assumir a responsabilidade trabalhista de poder pagar para o trabalhador não ser prejudicado, porque ele está trabalhando para a contratante”, entende.
O sindicalista disse ainda que outra questão trata da limitação da terceirização e da quarteirização.
“É limitar para não virar regra e porque não virar regra? Porque a terceirização ela tanto precariza o trabalho, tanto o trabalhador recebe menos do que o efetivo e a segurança é menor. Outro ponto é a questão da sindicalização, da representação sindical. Eles precisam ter a representação para lutar pelos seus direitos. Por isso, a nossa posição de fazer o Dia Nacional de Luta contra esse projeto 4330. A direção da Cut estará mandando um comunicado a todos os deputados federais e senadores, cobrando a posição deles com relação a esse projeto pra que a sociedade sergipana saiba o que pensa em relação a essa arbitrariedade, pois esse projeto na nossa avaliação é arbitrária”, enfatiza.
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Roberto Silva, representante da CUT |
“A preocupação dos trabalhadores é diária. Queremos com as 40h semanais de trabalho, trazer os pais de volta às famílias. Nós da Força Sindical entendemos que essa violência dos dias atuais, é também por conta da ausência dos pais, que passam muito tempo trabalhando fora; os filhos vão de casa para a escola e da escola para os amigos. Com a redução da jornada de trabalho, os pais vão poder dar mais atenção à família”, ressalta o representante da Força Sindical, Alexandre Delmondes.
Segundo o representante da CTB/SE, Edval Góes, ‘cada dia com a sua agonia’. “A gente vai fazer no próximo dia 6 de agosto, uma paralisação a partir das 10h, com ato na porta da Federação das Indústrias (FIEs) e no dia 30, faremos o chamamento para uma greve geral, pois a pauta é ampla em defesa do presente e do futuros dos trabalhadores em busca de uma jornada melhor”, completa Edval Góes.
O Projeto de Lei 4330 é de autoria do deputado federal Sandro Mabel, do PMDB de Goiás e está tramitando no Congresso Nacional.
Por Aldaci de Souza