Sindicalistas sergipanos discutem direito de greve

Fórum está sendo promovido pela CUT/SE (Fotos: Portal Infonet)

A análise do dirigente sindical e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Sergipe, Antônio Gois, de que não há um segmento em Sergipe que tenha realizado um movimento grevista julgado como legal, está sendo compartilhada por sindicalistas de 30 entidades sergipanas que estão reunidos nesta sexta-feira, 10, no auditório da CUT/SE, localizada no bairro Cirurgia.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito de greve apontado na legislação vigente até que seja promulgada lei específica para o setor público. Contudo, percebemos que em Sergipe vários movimentos paredistas são tidos como ilegais mesmo antes de serem iniciados, o que acontece em vários segmentos do serviço público”, analisa Antônio Gois.

Segundo o ex-presidente da CUT/SE, 2013 foi um ano de grande movimentação grevista, mas sem resultados positivos, no que diz respeito ao atendimento às reivindicações salariais. “Tiremos como exemplo o caso dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe (Detran), cujo nível de organização e resistência ainda aponta para a realização de novas mobilizações até que o poder público estadual tome as devidas medidas em prol da classe trabalhadora”, exemplificou.

Antônio Gois destaca impasses enfrentados pelos trabalhadores

Gois ainda destaca os impasses enfrentados pelo próprio Sindicato dos Trabalhadores em Sergipe. “Não houve reajuste nem revisão salarial para o servidor público estadual. Situação essa que gera debates que visem a utilização desse instrumento de luta como forma de sensibilizar os governos”, acrescentou o ex-presidente da CUT/SE.

Fórum

A reunião que abrange sindicalistas sergipanos representa uma das atividades mensais do Fórum em Defesa dos Trabalhadores promovido pela CUT/SE. Na ação que promove discussões sobre o direito de greve, a natureza de projetos conservadores, especificamente, no que diz respeito à aprovação do projeto de lei (PLS 710/11), do senador Romero Jucá (PMDB/RR), é tida como prejudicial ao movimento sindical.

José Augusto é diretor do Sindiamparo

“Uma das premissas da tal PLS é estabelecer o fim das ‘paralisações totais’ das atividades executadas pelos servidores públicos, devendo estas serem apenas ‘parciais’. Um tema que, dentre outras análises, nos direciona para um olhar sobre outras decisões conservadoras do judiciário e para um panorama dos direitos conquistados pelos trabalhadores do serviço público e privado”, acrescenta o dirigente sindical, destacando que projetos, como o do senador Jucá deixaram de ser colocados em votação no final de 2013, em virtude da movimentação da CUT.

Sindicalistas

Caroline Santos aponta direitos a serem conquitados pelos jornalistas sergipanos

O diretor do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Amparo de São Francisco (Sindiamparo), José Augusto da Silva, declara ser o fórum de suma importância para a aquisição de informações e aquisição de melhorias das condições de luta. “Recorremos junto ao Ministério Público Estadual (MPE), com vistas à realização de concurso público para preenchimento de cargos e formação da guarda municipal em Amparo de São Francisco, cuja luta prevalece desde 2012”, informou o presidente.

Caroline Santos, do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor), também compareceu ao Fórum promovido pela CUT/SE e pontuou alguns impasses enfrentados pela categoria no Estado. “A valorização profissional é a base das reivindicações da categoria através do sindicato. Entre os desdobramentos considerados, estão o reajuste do piso salarial, que até 2013 era o menor do país, perdendo apenas para os estados do Piauí e Rio Grande do Norte, o respeito à jornada de trabalho e a inclusão do auxílio-creche, visto que a maior parte dos profissionais da área são do sexo feminino”, detalhou a sindicalista.

Por Nubia Santana

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