Ezequiel reafirma posição ao ministro das Minas Energia

Reunião aconteceu na tarde desta terça-feira, 4 (Fotos: Divulgação assessoria Eduardo Amorim)

Ao final da reunião com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o governador Jackson Barreto (PMDB) e senadores, o prefeito de Capela, Ezequiel Leite (PR), reafirmou sua posição em não assinar a autorização para a instalação do Projeto Carnalita em Sergipe, a não ser que a usina seja implantada no município que administra.

No encontro, o ministro Edison Lobão fez um apelo ao prefeito Ezequiel informando que a Companhia Vale do Rio Doce não vai alterar o projeto, que a decisão não compete a ele e nem ao governador Jackson Barreto e ainda que o Estado de Sergipe não pode perder os investimentos. Mas, o prefeito de Capela argumentou não possuir documentos técnicos por meio da Vale, provando que a fábrica será mais segura, se construída em Japaratuba.

Apesar de o senador Eduardo Amorim (PSC) [autor da solicitação do encontro no Ministério das Minas e Energia] ter apresentado requerimento na Comissão do Senado Federal, convidando os representantes da Vale para a reunião, não apareceu ninguém da empresa, que já havia anunciado que não tomaria uma decisão política.

Senador Eduardo Amorim e Jackson Barreto atentos à fala do ministro

“A bancada reconhece a importância do Projeto Carnalita e colocará para a opinião pública esse questionamento. Vamos analisar, em termos tributários e viabilizarmos garantias. Salientamos a importância para que seja dada continuidade a este Projeto, já que as explorações das reservas do minério, do qual se extrai o cloreto de potássio, em Sergipe, irá contribuir para a redução da dependência de importação de potássio no País”, destaca Eduardo Amorim, acrescentando que essa futura unidade produzirá na sua primeira fase mais de 1,2 milhões de toneladas ao ano, do cloreto de potássio, com um investimento de quase R$ 2 bilhões no Estado.

Eduardo Amorim destacou ainda que "a exploração do minério dará um incremento na economia dos dois municípios em R$ 42 milhões por mês e quatro mil novos empregos. “Hoje o Brasil exporta quase 90% do potássio que consome, cenário que pode mudar a partir dessa nova carnalita, uma das maiores reservas do País”.

Decisão mantida

O prefeito de Capela afirmou que há diversas dúvidas e da forma que está posta o município não irá aceitar. “Temos 80% das riquezas e é inadmissível que a mineradora se instale a dez metros do nosso território, precisamente em Japaratuba. Essa é a única riqueza que temos e ela deve ser preservada, mas ampliar os debates para entrarmos em um entendimento”, destaca.

“Vamos dividir o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS),  dando a cada município o valor correspondente ao que for produzido no seu território”, voltou a garantir o governador Jackson Barreto, o que não adiantou para convencer Ezequiel Leite.

O prefeito de Japaratuba, Hélio Sobral (PMDB) também compareceu ao encontro da tarde desta terça-feira, 4 em Brasília e o ministro Edison Lobão precisou se retirar da reunião para outro compromisso, deixando um secretário executivo do Ministério em seu lugar.

Participaram  do encontro, os senadores Eduardo Amorim, Maria do Carmo Alves e Valadares, o governador de Sergipe, Jackson Barreto, os deputados federais André Moura, Fábio Reis, Laércio Oliveira, Márcio Macêdo, Mendonça Prado e Valadares Filho, o deputado estadual Zeca da Silva, os prefeitos Ezequiel Ferreira e Hélio Sobral, o representante do ‘Movimento Carnalita Nosso’, Jorgival Santos.

Por Aldaci de Souza

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