Prefeitos buscam soluções para crise financeira em SE

Encontro aconteceu na Sala de Comissões da Alese (Fotos: Portal Infonet)

Prefeitos continuam buscando soluções para a crise financeira que afeta os 75 municípios sergipanos. Na manhã desta sexta-feira, 7 eles se reuniram na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa visando discutir e demonstrar a situação real de cada região e como amenizar os problemas. Na ocasião os gestores criticaram a falta de repasses pelo Governo Federal.

“Os municípios brasileiros vem passando por uma crise forte desde 2009, com a queda de receita. Isso tem afetado diretamente a gestão pública municipal. Nós prefeitos procuramos saídas, soluções para o grande problema da falta de recursos e não encontramos. Essa reunião tem por finalidade, discutir e demonstrar a situação real de cada município e os caminhos abordados com a assessoria jurídica para amenizar problemas como a questão dos gastos com folha de pagamento, que é justamente um dos maiores problemas hoje da administração pública municipal”, destaca o presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe, Antônio Rodrigues, o Tonhão (PSC), prefeito de Monte Alegre.

E reuniu vários gestores preocupados com a crise financeira

Ele ressaltou a que no encontro, que os gestores estão procurando caminhos viáveis para que possam tomar medidas visando minimizar a crise. “Estamos procurando caminhos legais para que possamos realmente tomar medidas que muitas vezes são anti-populares, desgastadoras, mas que o gestor público tem que estar preparado pra isso porque desde quando assume a gestão, deve estar com poder de decisão para ser tomado naquilo que realmente venha a beneficiar ou deixar de beneficiar aquelas pessoas que realmente precisam diretamente ou indiretamente”, enfatiza Tonhão.

Reforma Tributária

O presidente da Associação dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (Amurces), Antônio Dórea, o Tonho de Dorinha (PSB de Poço Verde), acredita que o problema vem se agravando devido a ausência de uma Reforma Tributária no país. “A situação é lamentável. A gente já vem há mais de dez anos nessa discussão. O problema dos municípios não começou agora. Isso é uma questão de uma Reforma Tributária nesse país que não vê o potencial que os municípios merecem. O esgoto, a saúde e a educação estão nas cidades e porque o dinheiro todo fica em Brasília.? 64% das receitas estão em Brasília e a gente tem que buscar deputados, colocar emendas, estra atrás de convênios. Por que esse Congresso que o povo elegeu agora não muda a Constituição, dando mais força aos municípios para gerir sua renda”, indaga.

Tonhão: "Medidas anti-populares"

Tonho de Dorinha destacou as discussões em nível nacional visando aumentar o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Lutamos também pela aprovação das emendas impositivas para que não se tenha cor de partido, coloração para liberar. Hoje se for do lado do Governo, as emendas saem, se for contra não saem e aí os prefeitos estão com as obras em andamento, paralisadas, porque o dinheiro não sai, o Orçamento não contempla a liberar e na cabeça da população, o prefeito roubou o dinheiro”, lamenta.

Calamidade

Para o prefeito de Pacatuba, Alexandre Martins (PSC), a situação nos municípios sergipanos é de calamidade. “Se pudéssemos decretar estado de calamidade financeira, tenho certeza de que os 75 municípios de Sergipe decretavam. Quem tem boa vontade, responsabilidade fica numa situação de choque. Assumimos o compromisso com a população de um sonho, de mudanças, de esperança e se depara com uma situação lamentável. Eu me sinto triste em não poder fazer o que eu sonhei, o que eu planejei, o que eu assumi o compromisso com a população”, diz.

Tonho de Dorinha: "Emendas impositivas para acabar coloração de partidos na liberação"

Alexandre Mrtins: "Estado de Calamidade"

Alexandre Martins acrescentou que os prefeitos não estão conseguindo encontrar soluções. “Numa reunião como essa, vemos as lamentações dos prefeitos, mas efetivamente não temos uma posição concreta, um horizonte. Eu só responsabilizo o Governo Federal. Toda a riqueza vai para a União e a gente fica com o pires na mão esperando que o Governo Federal mande os recursos. Se não repassa, não podemos repassar para a população. A gente cria uma dívida social financeira muito grande e a população pensa que a culpa é nossa. Isso porque o gestor é quem está mais próximo”, entende.

Por Aldaci de Souza

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais