Prefeitos alegam que ajuda no período de seca é precária

Sete municípios de SE estão em situação de emergência (Foto: arquivo Portal Infonet)

O auxílio enviado pelo Governo do Estado e pela Defesa Civil aos municípios em situação de emergência é considerado precário. É o que diz o presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames), Antônio Rodrigues (Tonhão) ao destacar as condições destas cidades no período de estiagem. Em Sergipe, o problema afeta os municípios de Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, Poço Verde, Frei Paulo, Canindé do São Francisco e Gararu.

“A ajuda é precária, principalmente, na questão do abastecimento de água, limpeza de barragens e distribuição de mantimentos. Para se ter uma ideia, no caso de Monte Alegre, em dois anos, as cestas básicas foram recebidas apenas três vezes” comenta o Tonhão.

Ainda de acordo com o prefeito, o abastecimento de água através de carros pipa enfrenta um entrave. “A Defesa Civil não envia carros pipa aos povoados onde tem rede de abastecimento, mas a água não chega. A população acaba apelar para a Prefeitura, que contrata carros particulares para fazer o abastecimento”, revela.

Em Frei Paulo, segundo dados do prefeito do José Arinaldo de Oliveira, a prefeitura gasta cerca de R$ 20 mil por mês com contratações de carros pipa. “As chuvas que caíram serviram para agricultura, mas não foram suficientes para encher as cisternas. Então, nesses lugares onde a água não chega, quem distribui é a prefeitura. Contratamos carros pipa com água de Deso”, comenta.

Para Tonhão, a ajuda poderia chegar de forma correta, caso o Governo Federal firmasse a ajuda diretamente com os municípios. “O município tinha que ser o ordenador dos repasses. Porque o prefeito é que está no dia a dia, conhece os problemas da população e sabe como atender as demandas” opina.

Defesa Civil

O coordenador da Defesa Civil, tenente Coronel Erivaldo Mendes, confirmou que o órgão não atua em localidades dotadas de rede de abastecimento de água. De acordo com ele, a Defesa civil não está autorizada a gastar recursos com essas localidades, onde a responsabilidade pelo fornecimento de água é da Deso.

Sobre o fornecimento de mantimentos, a informação é de que o serviço é feito em períodos casuais, quando fica comprovado que diversas famílias estão passando fome por causa da seca.

A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Seides informou que a distribuição de alimentos é feita quando o município, já com situação de emergência decretada, apresenta um relatório comprovando a necessidade dos alimentos para as famílias da zona rural afetadas pela seca e estiagem.

O coordenador da Defesa Civil esclareceu que seca é um problema recorrente, que a estiagem dos últimos meses está dentro da normalidade, em virtude do inverno, que foi considerado bom, e das chuvas de verão.

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