PSTU e PSol criticam manifestações do fim de semana

Manifestantes fazem ato no domingo na praia (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Os integrantes dos partidos políticos mais radicais se recusaram a participar das manifestações realizadas na sexta-feira, 13, puxada por segmentos sindicais simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) nem também daquela que ocorreu no domingo, 15, articulada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo movimento Vem Pra Rua.

“Não dá para defender o Governo, que tem responsabilidade direta sobre a corrupção, que se alastra e não teve início neste governo. Mas é um governo que tem responsabilidade política de desinvestimento na perspectiva de privatizar a Petrobras e pelo ataque aos diretos dos trabalhadores, nem também dá para defender a direita conservadora, que nada faz de diferente”, observou a presidente do PSTU em Sergipe, Vera Lúcia Salgado.

Para Vera Lúcia, os trabalhadores precisam de união na busca de uma alternativa capaz de protegê-los de práticas nocivas. “Se fosse o Aécio Neves na presidência, seria a mesma prática, com políticas para garantir os interesses dos banqueiros e dos empresários nacionais e internacionais”, ressaltou.

Manifestação da sexta-feira, 13

O vice-presidente do PSol, Demétrio Varjão, informou que o partido também não participou de ambas as manifestações porque os organizadores não apresentam alternativa de mudança. “Pelo contrário”, observa o vice-presidente. “O principal objetivo do ato do dia 13 foi uma defesa ao governo Dilma, governo que deu continuidade às políticas neoliberais de privatizações, de desvio de quase metade do orçamento público para pagamento de juros aos banqueiros, de corte de direitos, e agora quer jogar a conta da crise para a classe trabalhadora”, justifica.

Varjão também critica a oposição que fez a mobilização no domingo. “Por outro lado, o objetivo do ato do dia 15, organizado por grupos da direita tradicional, era pedir o impeachment da atual presidente, reforçando também a mesma política neoliberal de corte de direitos sociais, privatizações, incluindo da Petrobras, tendo também notavelmente um caráter extremamente conservador e fascista”, destacou.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rubens Marques, classificou como equívoco a postura do PSTU e do PSol. “A esquerda não pode ficar dividida porque a divisão só fortalece a direita”, justificou. “Eles [PSTU e PSol] são importantes e têm que compreender que um golpe será ruim para todos e precisa compreender que a Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro”, observou.

Na quinta-feira da próxima semana, 19, os militantes da Central Única dos Trabalhadores farão reunião para avaliar as manifestações e definir estratégias para novas mobilizações que deverão ocorrer em data a ser definida pela Executiva Nacional em acordo com outros segmentos sociais.

O presidente do PSDB em Sergipe, Roberto Góes, elogiou a manifestação ocorrida no domingo, 15, mas combateu a tese de impeachment defendida em nível nacional por alguns segmentos. “Ontem [domingo, 15], eu participei com orgulho para pedir que acabe com a corrupção, mas não pelo impeachment”, ressaltou. “Não existe nada contra a presidente por isso sou contra o impeachment. Que estas manifestações sejam um instrumento democrático para que Dilma [Rousseff] tome um rumo para o país”, considerou Góes. Para o presidente do PSDB assim como não cabe o impeachment, a bandeira do retorno à ditatura militar também é inconstitucional.

Por Cássia Santana 

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