Governo não tem previsão de implantar PCCV

Vigilantes fazem ato em frente à escola (Fotos: Portal Infonet)

Os vigilantes das escolas públicas pretendem paralisar as atividades e ocupar a sede da Secretaria de Estado da Educação (SEED) por dois dias. A greve está prevista para as próximas quarta-feira, 25, e quinta-feira, 26, em protesto à morosidade do Governo do Estado para implementar o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV) do funcionalismo público estadual.

Na manhã desta segunda-feira, 23, um grupo de vigilantes se concentrou na frente da Escola Francisco Rosa, no conjunto Bugio, como forma de mostrar à sociedade a insatisfação. O governo reconhece e avisa que não tem previsão para implementação efetiva do PCCV.

De acordo com informações do secretário de Estado da Comunicação, Sales Neto, a implementação será automática, mas só ocorrerá quando o Governo superar as dificuldades financeiras e reduzir os índices de gastos até alcançar percentuais inferiores quanto aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

No entanto, os vigilantes das escolas públicas observam que há má vontade política. De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Setor Público do Estado de Sergipe (Sindvip/SE), José Ferreira Júnior, a situação estaria controlada se o Governo do Estado acabasse com a terceirização destes serviços. “Enquanto um vigilante efetivo ganha salário inferior ao mínimo, um vigilante terceirizado custa R$ 4,2 mil para o Estado”, enalteceu o presidente do Sindvip.

Sindicato denuncia má vontade do Governo

Segundo o presidente do sindicato, o salário do vigilante é de R$ 622, quando o PCCV prevê piso salarial de R$ 900. “O governo paga um salário mínimo, mas está usando as gratificações para alcançar o valor do salário mínimo”, informou o sindicalista. “Já o vigilante terceirizado, recebe da empresa contratada, um salário de R$ 1,3 mil”, disse.

Os vigilantes efetivos também reclamam do remanejamento que o Governo vem fazendo, sem o consentimento da categoria. O secretário Sales Neto informou que a terceirização foi necessária para colocar vigilância armada nas escolas à noite, no período em que os estabelecimentos estão fechados. Como há laboratório de informática, conforme frisou Sales Neto, as unidades escolares se transformaram alvo fácil dos marginais.

Sales Neto explicou ainda que os vigilantes efetivos não têm porte de arma. Como consequência, foram realizados os remanejamentos e os vigilantes da noite foram transferidos para o período em que os alunos estão frequentando as salas de aula. Uma medida para preservar o patrimônio escolar, segundo Sales Neto.

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais