Subvenção: testemunha admite assistencialismo na eleição

Antonio Batista era filiado ao partido de Gilson Andrade (Fotos: Portal Infonet)

Das quatro testemunhas ouvidas na tarde desta quinta-feira, 23, na audiência que apura irregularidades na distribuição de verbas de subvenção pela Assembleia Legislativa de Sergipe, a associações de moradores, representantes de duas entidades se embolaram nos depoimentos. Com isso, os representantes do Ministério Público Federal (MPF/SE), solicitaram a abertura de investigações por falso testemunho e ainda um possível benefício político pelo deputado Gilson Andrade.

No depoimento do presidente do Centro de Assistência Social da Saúde de Sergipe, Antônio Batista Assunção, que recebeu R$ 300 mil em verbas de subvenção através do deputado Gilson Andrade, ele disse conhecer o deputado e que dizia a quem perguntava, que as verbas destinadas teriam sido por meio do deputado e que a associação realiza atividades assistencialistas, como distribuição de óculos, remédios e cestas básicas, além de consultas médicas. E ainda, que fez a distribuição porque a entrega já estava agendada.

Givaldo dos Santos foi o mais atrapalhado

“Na Associação de Estância, houve a distribuição de cestas e a realização de exames e medicamentos, mesmo sabendo que é proibido. Foi verificado pelo Ministério Público, nas diligências que nós fizemos lá, várias entregas de receitas, de medicamentos, dentro do período eleitoral, isso é irregular e nos meses de junho, julho e agosto, ainda teve muita entrega. O deputado Gilson Andrade encaminhou pra lá e é evidente o benefício político que ele teve com a entrega de cestas básicas, medicamentos, enxovais de bebês, com algumas pessoas sabendo que foi ele que enviou a associação”, destaca a procuradora Eunice Dantas.

Lamarão

O presidente do Vida, Centro de Formação para o Futuro, localizado no Lamarão, que recebeu R$ 100 mil em verbas de subvenção repassados pelos deputado Luiz Mitidieri, Givaldo Santos mostrou contradição no depoimento. Dos R$ 100 mil recebidos, ele teria pago R$ 86 mil à empresa Luzzy Produções Artísticas e no depoimento alegou ter pago pela realização de festas como Carnaval, São João e Dia das Mães,  palcos, banheiros químicos, além de recibos para pagamento à pessoas responsáveis pela realização de cursos a exemplo de biscuis.

Ediluzzy levou a procuração da irmã

Já a diretora da Luzzy, Edjane dos Santos, mandou uma procuração pela irmã, Ediluzzy dos Santos, alegando estar com problema de saúde, mas o juiz Fernando Escrivani informou que não podia tomar o depoimento por procuração. Ela foi comunicada pela irmã e compareceu, mas alegou não ter conhecimento da existência dessa associação e nem do dinheiro recebido, e ainda, que a empresa não fornece palcos, banheiros cursos e não faz cursos.

“Já foi requerido que seja enviado à Procuradoria da República, ao nosso coordenador criminal e serão tomadas as medidas para apurar o falso testemunho, já que o depoimento dele foi contraditório em relação ao que a proprietária da empresa Luzzy respondeu”, enfatiza Eunice Dantas.

E teve que pegar Edjane em casa

Edivaldo Lima, de Itabaiana

Eunice Dantas: "Serão tomadas as medidas cabíveis"

Foi ouvido ainda, Edivaldo José de Lima, responsável pela Associação Olímpica de Itabaiana, cuja entidade recebeu R$ 100 mil em subvenções, repassados pelos deputados Gilson Andrade e Venãncio Fonseca.

Por Aldaci de Souza

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