Polícia continua Operação Parcelamento

Paulo Márcio: operação parcelamento (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os delegados e agentes da polícia civil continuam mobilizados com a Operação Parcelamento contra à política salarial do governo do estado, que parcelou os salários de parte dos servidores públicos. Dentro desta operação, apenas os casos de urgência estão sendo atendidos, a exemplo de flagrante, exame de corpo de delito e os boletins de ocorrência que envolvem crimes de roubo e furto de veículo e àqueles de natureza grave praticados sob ameaça e violência, conforme explica o presidente da Associação dos Delegadod de Polícia de Sergipe (Adepol), Paulo Márcio Cruz.

Os delegados participarão do ato unificado dos servidores públicos de Sergipe, conduzido por cerca de 20 sindicatos de diferentes segmentos na esfera do estado e três centrais sindicais. Em comum, os servidores destacam a implantação do plano de cargos, carreira e salários e o reajuste linear [em torno de 7,5% segundo a Adepol, para cobrir as perdas acumuladas no ano passado] e, especificamente, o subsídio para a polícia civil, conforme destaca o delegado Paulo Márcio.

Os delegados dão prazo ao governo para transferir todos os presos das delegacias de polícia até o próximo dia 22. “Sob pena de não recebermos para presos”, alerta o delegado. Com esta medida, permanecerão nas delegacias apenas acusados por crimes de menor potencial ofensivo e aqueles que interessam à investigação. “Os demais, decorrentes de mandados judiciais e os mais perigosos devem ser transferidos”, informa Paulo Márcio.

Limites

O secretário Sales Neto, de comunicação, garante que a implantação do plano de cargos e salários, já aprovado na Assembleia Legislativa, está dentro da meta e prioridade do governo. Mas há empecilhos observados na Lei de Responsabilidade Fiscal previstos, segundo Sales Neto, dentro da própria legislação que o criou. “O plano é a meta do governo, é um compromisso do governador com o funcionalismo, mas o governo não pode cumprir. Mesmo que quisesse, o governo não pode porque a lei é clara”, diz.

O secretário garante que o governo está buscando alternativas para se enquadrar no limite prudencial. “Mas há uma variável que o governo não controla, que é o nível de receita porque depende do crescimento econômico e dos repasses federais”, enalteceu o secretário.

Quanto aos presos, Sales Neto garante que o governo reduziu de 600 detentos para 200 mantidos nas delegacias de polícia, mas não sabe se terá condições de resolver a questão até o próximo dia 20. O secretário garante que o problema será resolvido com a inauguração de duas unidades prisionais, uma em Estância e outra em Areia Branca, previstas para o final do mês de outubro.

Por Cássia Santana 

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