Utilização de áreas abandonadas marca audiência do Plano

(Foto: Secom)

A terceira etapa de Audiências Públicas do Plano Diretor de desenvolvimento Urbano (PDDU) segue a todo vapor. Já no primeiro dia do mês de setembro, mais um bairro de Aracaju recebeu a visita de técnicos envolvidos no processo de revisão do PD. Desta vez, moradores do Porto Dantas e adjacências compareceram a EMEI Berenice Campos e puderam colaborar pontuando os principais problemas da localidade ou dando sugestões. No debate, notou-se que os habitantes da região preocupam-se com a chegada de empreendimentos sociais, a utilização de áreas abandonadas e a preservação de áreas verdes.

Durante a audiência, a equipe da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog) destacou os principais o principais aspectos do PDDU e apresentou a proposta do poder público para tornar o plano mais condizente ao contexto social e urbano presente. É válido ressalta que a proposta apresentada é embasada nas Audiências Públicas anteriores que contou tanto com uma leitura comunitária (cidadãos) e técnica (arquitetos e urbanistas).

Preocupação em reduzir impactos ambientais, permitir a construção apenas em regiões em que haja infraestrutura, promover a integração metropolitana, ampliar as áreas de interesse social, reduzir a permeabilidade do solo bem como a taxa de ocupação territorial e o aumento das redes de saneamento são alguns dos principais itens que propostos para a atualização do PDDU.

Uma das preocupação de Flávio Marciel, do movimento ‘Não Pago', é a de que o Plano Diretor comtemple a ampliação das áreas de interesse social e contenha itens aos quais inibam a comercialização de terrenos públicos. "Precisamos pensar em garantir assentamentos habitacionais para a população de baixa renda. Nem todo mundo pode adquirir uma imóvel no Centro ou na Zona Sul. Também precisamos nos atentar sobre os terrenos públicos, eles devem ter uma garantia para criação de espaços em que toda a população possa usufruir dos equipamentos públicos", alerta.

Morador da região e residente o bairro Coqueiral, Marcelo Santos, chama a atenção para a utilização social de imóveis abandonados. "Muitos desses espaços estão servindo par refúgio de marginais e consumo de drogas. Seria interessante que a prefeitura providenciasse a revitalização dessas casas abandonadas e dar uma destinação que fosse uma garanti de infraestrutura. Por exemplo, transformar em creche ou em unidades de saúde", sugere.

Antenada com a função urbana do Plano Diretor, a conselheira de saúde e habitante do Coqueiral, Lúcia de Fátima, ressalta que "é de fundamental importância que as construtoras levem em consideração as áreas de risco e o cuidado com quem já habita na comunidade". A cidadã salientou que no bairro ao qual reside há habitações de interesse social, porém, algumas delas foram construídas em áreas aos quais endossaram os deslizamentos de terra. "Principalmente para quem mora na parte baixa do bairro. Além disso, tem a situação do morro do urubu que toda vez que chove, resulta em problemas para os habitantes. Ficam no meio da lama e tomados pelas águas da chuvas", relata.

As Audiências Públicas prosseguem até o dia 11 de setembro. Nesta etapa, nove bairros diferentes são convidados a participar do processo de revisão do Plano Diretor. Na primeira etapa, ocorrerão sete audiências envolvendo entidades representativas, na segunda foram nove discussões coletivas entre os cidadãos em diversos bairros da capital sergipana.

Fonte: Secom PMA

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