Augusto Bezerra e Nollet Feitosa passarão por acareação

Momento em que Augusto Bezerra presta depoimento à Justiça Eleitoral (Fotos: Portal Infonet)

Ficou definida na audiência desta quinta-feira, 3, no auditório do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE) – sobre desvios na distribuição das verbas de subvenção – a realização de uma acareação [confronto entre testemunhas e partes], entre o deputado Augusto Bezerra (DEM) e o empresário Nollet Vieira Feitosa, apontado como articulador dos repasses de verbas de subvenção para a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Nova Veneza – Amanova]. A acariação foi marcada para o próximo dia 15 de setembro. O pedido foi feito pelos advogados que fazem a defesa do parlamentar e aceito pela Justiça Eleitoral.

De acordo com o juiz Fernando Escrivaniu, tecnicamente, a acareação é possível de ser realizada. “A acareação já foi deferida e já está com data marcada. Será com o informante Nollet, no dia 15 de setembro e ele vai ser intimado. Houve uma primeira manifestação no sentido de ser a presidente da Amanova, a Clarice Jovelina, e eu já descartei porque ela é representada, não é ré. Por isso não poderia determinar e obrigar ela comparecer a uma acareação, mas quanto ao informante Nollet, é tecnicamente viável”, explica.

Juiz Fernando Escrivaniu fala sobre a acareação

Quanto aos depoimentos do ex-deputado Arnaldo Bispo (DEM) e o deputado Federal, Adelson Barreto (PSC), houve mudanças e não serão mais ouvidos nesta sexta-feira, 4. “Os depoimentos seriam dia 4, mas como Arnaldo Bispo justificou estar em viagem  e a audiência foi marcada para o dia 23, aproveitei e marquei também Adelson Barreto”, diz.

MPF

A procuradora federal Eunice Dantas informou que o depoimento de Augusto Bezerra não foi convincente. “Nenhum dos argumentos que ele usou aqui hoje, o Ministério Público aprovou, a exemplo dos cheques, que ele falou que o dinheiro estava na conta, mas precisava de um deputado no Banese para que pudesse ser sacado os cheques para a Amanova. O deputado Augusto Bezerra sequer era primeiro secretário ou presidente da Assembleia pra ter poderes administrativos em relação a isso. Isso não existe em nenhuma norma bancária”, ressalta.

Procuradora Eunice Dantas diz que depoimento não convenceu o MPF

Eunice Dantas destacou que outra coisa que não convenceu é que nos depoimentos dos presidentes das associações, todos deixaram claro que não apresentaram plano de trabalho quando foram pedir dinheiro. “Não tinha nenhum plano de trabalho, ao contrário do que o deputado falou de que havia um projeto para a construção da creche. E o que chamou a atenção foi o deputado chegar aqui e falar que existem vários agiotas circulando dentro da Assembleia e ninguém toma providências”, lamenta.

Sobre a quebra do sigilo bancário, ela completou que ainda será analisada. “Nós já temos bastante provas em relação à conduta do deputado e vamos ver se são relevantes. Vamos ter o momento certo para fazer a alegações finais. E sobre a acareação, concordamos, mas sabemos que não vai ter sucesso, pois pela nossa experiência em outros processos criminais, não dá resultado algum porque as duas pessoas mantêm sempre as duas versões”, entende.

Por Aldaci de Souza

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