Governo do Estado mantém orçamento inalterado

Emendas são derrubadas em comissão temática (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O orçamento proposto pelo governo do estado, no valor de mais de R$ 8,2 bilhões será votado na próxima semana no plenário da Assembleia Legislativa sem alteração. A oposição tentou, sem sucesso, emplacar 75 emendas à proposta orçamentária encaminhada pelo Governo do Estado, mas todas elas foram derrubas nesta quarta-feira, 9, na Comissão de Economia e Finanças por orientação do presidente da comissão, Francisco Gualberto (PT), que atua como líder do governo no Poder Legislativo Estadual.

Gualberto explicou que a aprovação das emendas engessaria o governo e poderia atrapalhar a condução das obras e também dos programas sociais articulados pelo Executivo para o ano de 2016.

Com o argumento de que estaria contribuindo com o governo na realização das políticas públicas, o deputado Georgeo Passos (PTC) foi o que mais se destacou em números de emendas. Sozinho, o parlamentar apresentou 29 e assinou outras duas de autoria de outros parlamentares.

Ao perceber a tendência pela derrubada das emendas, Georgeo Passos ameaçou não fazer quórum para votação nas sessões plenárias quando os projetos de interesse do governo fossem colocados em votação, mas foi alertado pelo líder do governo, Francisco Gualberto, para não adotar posturas radicais.

Maria Mendonça: retirada de R$ 44 milhões da educação

Georgeo Passos explicou que apresentou as emendas por identificar necessidade de realização das obras e programas sociais para atender a comunidade carente, especialmente os jovens. A deputada Maria Mendonça explicou que as emendas, maioria dirigida para a pasta da educação, foram apresentadas em decorrência da ausência de programa de educação profissionalizante no âmbito do governo. “Infelizmente, foi retirado da educação R$ 44 milhões e isso é absurdo”, considerou. O líder do governo, Francisco Gualberto, rebateu o argumento da parlamentar e garantiu que as obras e programas educacionais continuam como pontos prioritários na gestão pública do estado.

O deputado Valmir Monteiro (PSC), líder da oposição, também lamentou. “Eles [os deputados situacionistas] não entenderam que nós, da oposição, estamos aqui para colaborar”, disse. “Nós somos cobrados pelo povo. Nós estamos mais próximo do dia a dia da população e recebemos a cobrança. Vemos as necessidades, mas infelizmente, o governo não aprova nenhuma emenda”, comentou o parlamentar.

Por Cássia Santana