Impostômetro: SE já marca R$ 2,2 bilhões de arrecadação

Wendel Alexandre orienta que consumidores exijam nota fiscal das compras (Foto: Portal Infonet)

Se até o final de agosto deste ano, os brasileiros já haviam se surpreendido ao liberar um total de R$ 1,3 trilhão em tributos, o medidor estatístico criado para medir os impostos que um país paga em qualquer instante de tempo, o impostômetro, já divulga para Sergipe a marcação de R$ 2,2 bilhões de arrecadação. Segundo o superintendente da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio), Alexandre Wendel, o montante registrado é, sem dúvidas, muito alto.

“Sergipe instalou o impostômetro e através dele a sociedade pode ter acesso ao valor arrecadado em impostos, diariamente. O Brasil está chegando, na próxima semana, ao marco de R$2 trilhões em arrecadações de impostos sobre tudo que se compra com nota fiscal, o que representa um novo cenário de extorsão diante do que se presenciava no Império Romano, quando a crise financeira se assentava na corte e os nobres iam às ruas oprimir o povo em busca de dinheiro”, comparou Wendel.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), mais de R$ 13 trilhões em impostos foram arrecadados no Brasil de 2005 a 2015. Os valores registrados alcançam recordes consecutivos e tendem a aumentar ainda mais, tanto que o número é inédito desde as primeiras contagens, há uma década, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

“A população está sentindo que o país está arrecadando muito em dinheiro e imagino que isso não fosse motivo de incômodo, desde que serviços de qualidade fossem prestados nas áreas, por exemplo, de transporte público, educação e saúde. Desde que, pelo menos, discussões sérias sobre essas melhorias estivessem ocorrendo”, acrescentou Alexandre.

O superintendente do Fecomércio ainda lembra o aumento da gasolina em Sergipe, que atingiu 39,1%. “Quem tem carro está encontrando dificuldades para usá-lo e como todos os produtos que chegam ao Estado dispõem de transporte para locomoção, o alto valor atribuído à gasolina provoca a elevação de preços sobre tais produtos. Com isso, o consumidor não compra, o comércio é reduzido, portas são fechadas, profissionais são demitidos e a partir daí há redução do acesso à educação de qualidade, alimentação adequada, entre outros itens, e todos saem perdendo. Há, portanto, uma reação em cadeia”, explicou.

Estratégia

Alexandre Wendel esclarece ainda que o não consumo é a única estratégia a ser usada pelo consumidor, ou seja, tentar sobreviver com o que tem. “Com o Governo Lula, a população passou a assumir mais intensivamente o perfil de consumidor de produtos, como carros, eletrodomésticos, roupas e apartamentos, o que é saudável, mas posteriormente houve aumento das dívidas e a necessidade de quitar esses débitos. Agora vem o amadurecimento desse consumidor que precisa, além de conhecer melhor seus direitos e deveres cidadãos, estar ciente da necessidade de organizar as finanças familiares, no sentido de só adquirir o bem que tiver condições de pagar, calculando dívidas provenientes de prestações a longo prazo, especialmente”, orientou o superintendente.

Por Nubia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais