Usina nuclear: Jackson não reage às críticas

Jackson Barreto: sem entendimentos (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

O governador Jackson Barreto classificou como naturais as manifestações contrárias à implantação de usina nuclear em solo sergipano e garantiu que o processo só será deflagrado por iniciativa do governo federal, depois de promover debates públicos nos estados escolhidos. O governador explica que a implantação de usinas se configura como uma política pública do Governo Federal instituída pela Eletronorte.

Para o governador sergipano, um processo que será desencadeado a longo prazo. “É um processo que não vai acontecer agora, é uma coisa que, na minha avaliação, é uma coisa para estar implantada, aonde quer que seja, daqui até 2030”, diz.
O servidor público Hebert Pereira demonstrou preocupação com o processo assim que tomou conhecimento que o grupo de investidores esteve em Sergipe visitando áreas possíveis para a implantação do complexo nuclear e criticou a postura do governador em iniciar entendimentos sem ouvir a população. Na ótica do servidor público, o governo antes de qualquer iniciativa deveria proporcionar um debate e fazer mudanças na Constituição Estadual que proíbe a implantação de usinas nucleares em território sergipano.

O governador garantiu que não há entendimentos encaminhados e tranquilizou os sergipanos, informando que o processo só será deflagrado depois de realizados amplos estudos e debates com a sociedade. “Eles [investidores e governo federal] ainda estão estudando e qualquer decisão tem que passar pelo Congresso Nacional, até a definição do local passa pelo Congresso Nacional, não é o governador querer”, diz. “Nada poderá acontecer sem uma discussão ampla com a sociedade, com o povo. Críticas são naturais e não acho que as pessoas estão erradas. Eu, Jackson Barreto, não escolhi nenhum local, mas como governador do Estado não posso me furtar a uma discussão de uma política pública do governo federal”.

Por Cássia Santana