Impeachment: dois deputados sergipanos votam não

Fábio Reis: "sim", sem manifestação (Foto: Divulgação/Aruivo)

Conforme as regras, os deputados federais sergipanos foram os penúltimos a votar na sessão plenária que aprovou o pedido de impeachment, realizada neste domingo, 17, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Da bancada de Sergipe, apenas dois disseram “não”, manifestando-se favoráveis à manutenção de Dilma Rousseff na Presidência do Brasil: João Daniel (PT) e Fábio Mitidieri (PSD).

Aliado do governador Jackson Barreto (PMDB – defensor de Dilma Rousseff), o deputado Fábio Reis chegou a se declarar contrário ao impeachment em entrevistas concedidas a jornalistas e radialistas sergipanos anteriormente, mas na noite deste domingo, 17, o sétimo da bancada sergipana a usar o microfone do plenário da Câmara, pronunciou apenas o “sim”, emplacando o 358º voto favorável ao pedido de impedimento da presidente, cujo processo segue para o Senado.

Contrapondo-se aos argumentos favoráveis, o deputado Fábio Mitidieri desabafou: “não sou ladrão, não sou corrupto, não sou vendido”. E, concluiu, destacando a frase “também amo minha família e o povo de Sergipe”, para emplacar o 133º voto contrário ao impedimento da presidente.

Mitidieri: "não sou vendido" (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Antes de Fábio Mitidieri, votou o deputado federal André Moura (PSC), que fez menção ao jurista Tobias Barreto, aos sergipanos e à família, observando que “nenhum povo é realmente grande senão pela liberdade que tem ou conquista” para então acumular o 357º sim, favorável ao impeachment.

Pronunciamentos

Quando os parlamentares sergipanos foram convocados a votar pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB), a Câmara já contabilizava 355 votos favoráveis ao impeachment, quantitativo além dos 342 votos necessários para formar os dois terços exigidos pela Constituição Brasileira para aprovar projeto deste porte. O deputado Adelson Barreto (PR) foi o primeiro a expressar o voto. “Espero extirpar o Brasil da estagnação”, comentou, emplacando o 356º voto favorável ao impeachment.

O deputado João Daniel (PT) foi o quarto a votar. Da base aliada, o parlamentar fez homenagens póstumas ao ex-governador Marcelo Déda e ao ex-senador Zé Eduardo Dutra, petistas históricos que faleceram vítimas de câncer. E proclamou o “não”, voto que, conforme justificou, em repúdio ao “golpe contra os direitos da classe trabalhadora”. Este foi o 134º voto contabilizado pelo painel eletrônico da Câmara dos Deputados em favor da presidente Dilma Rousseff.

Deputados aprovam impeachment (Foto: Agência Brasil)

O placar aumentou para 359 favoráveis ao impeachment com a manifestação do Pastor Jony (PRB), o quinto parlamentar da bancada a se manifestar [logo após o voto do deputado João Daniel]. Ele explicou que seguia a orientação partidária e seria, naquela noite, o último do PRB a “honrar” o compromisso com a sigla. O deputado Laércio Oliveira (SD) emplacou o 360º voto favorável com a justificativa de que a Câmara estaria dando o “ponto de partida” para resgatar o Brasil para o desenvolvimento.

O deputado Valadares Filho (PSB) foi o último a manifestar voto. Sem contrariar a orientação partidária, o parlamentar sergipano disse “sim” ao impeachment, alegando que estaria, com esta atitude, “pensando no melhor para o povo brasileiro, respeitando a Constituição e seguindo a orientação do partido”. Aquele foi o 361º voto a favor do impeachment.
Logo após, o deputado federal Eduardo Cunha deu prosseguimento à sessão, convocando a bancada alagoana, que também e dividiu no plenário.

Por Cássia Santana  

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