Prefeito vai reduzir valores de contratos em Canindé

Heleno Silva estima perda de R$ 40 milhões até o fim do ano (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O prefeito Heleno Silva (PRB) decretará emergência financeira no município de Canindé do São Francisco. O decreto, segundo o prefeito, está em fase de elaboração na assessoria jurídica com o objetivo de reduzir todos os custos inerentes à prestação de serviços e contratos com fornecedores variados, inclusive dos itens da merenda e transporte escolar.

Após a elaboração deste decreto, o prefeito pretende se reunir com fornecedores e prestadores de serviço para mostrar a nova realidade do município que, neste ano, já acumula uma queda de receita de quase R$ 16 milhões, segundo cálculos do próprio prefeito. Pelo comportamento das receitas, segundo Heleno Silva, o município tende a perder R$ 40 milhões até o final deste ano.

Um dos maiores problemas, na ótica do prefeito, é a folha dos servidores públicos. Há servidores com salários de até R$ 11 mil mensais, segundo o prefeito. “E ninguém tem coragem de discutir isso”, desabafa. Só a folha dos servidores efetivos consume R$ 4 milhões para uma receita estimada em R$ 6 milhões, conforme enfatizou Heleno Silva. “Então, me sobra pouco mais de R$ 1 milhão para despesas de R$ 3 milhões”, disse o prefeito. Despesas, conforme explicou, relacionadas a fornecimento de materiais diversos, inclusive medicamentos e material de expediente, merenda e transporte escolar e limpeza pública, entre outros indispensáveis para a manutenção da administração pública. “Temos contratos do ano passado em aberto porque não tivemos dinheiro para pagar”, declarou.

A origem desta “quebradeira”, segundo o prefeito, está na política do Governo Federal que modificou as regras do sistema elétrico brasileiro. “Com as novas regras, Canindé que vendia R$ 900 milhões de energia elétrica, está vendendo R$ 300 milhões”, destacou. Associado, conforme observou, à redução da vazão do Rio São Francisco, que também provocou queda nos royalties.

Canindé também sobrevive do FPM (Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que também apresenta queda entre 5% e 8%, segundo o prefeito. “Mas isso é normal. FPM não é a principal fonte de receita, as outras duas são as principais e apresentam a maior queda”, enfatizou.

Por Cássia Santana

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