Manifestantes se unem em novo ato pró-governo

Manifestantes reunidos no Centro em defesa do Governo Dilma (Fotos: Ícaro Novaes/Portal Infonet)

Às vésperas do processo de votação para o afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias, que irá ao plenário do Senado nesta quarta-feira, 11, entidades de representação dos trabalhadores, sindicatos e manifestantes se uniram no Centro de Aracaju para mais um ato em defesa do governo Dilma, da democracia e contra o impeachment, qual eles categorizam como golpe. A mobilização desta terça-feira, 10, mobilizou menos pessoas que nas últimas ocasiões, mas segue uma orientação da Frente Brasil Popular a nível nacional, sob prerrogativa de resistir ao processo de destituição de cargo da chefe da república.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), Rubens Marques, reafirmou o papel da entidade nas mobilizações de ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores e garantiu que, mesmo em caso de ‘queda’ da Dilma, os atos continuarão. “Eu acredito que o golpe já está dado. Teve o aval dos deputados, da grande mídia, e será tocado pelo Senado. A tarefa da classe trabalhadora agora é resistir. Sabemos que há um pacote acordado entre os golpistas para retirar os direitos da classe, e o primeiro que vai a pauta é a terceirização. Pela CUT, afirmo que não legitimaremos governo golpista. Mesmo que a Dilma caia, continuaremos lutando intensamente até 2018”, prometeu.

Rubens reforça o papel da CUT na defesa dos direitos dos trabalhadores

Caso a maioria simples dos parlamentares do Senado (41 de 81 senadores) votem a favor do afastamento provisório da Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer assume a chefia da República. Para embaraçar ainda mais a conjuntura política do país, na última segunda-feira, 9, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP/MA) anulou a tramitação do impeachment dos dias 15 e 17, quando votada pelos parlamentares. Antes de publicar a decisão no Diário da Câmara, o representante da Casa voltou atrás e revogou a decisão na madrugada de hoje.

Para Rubens Marques, a decisão primária do deputado teve seus ‘lados positivos’, mas lamenta pelo mesmo não ter mantido sua posição até o fim. “A atitude de Maranhão está sendo desqualificada pela grande mídia, categorizando-o como imbecil, louco. O que há de loucura em um presidente de uma Casa [Câmara dos Deputados] pedir anulação de um processo fraudulento? Ele não teve força e cacife para segurar o tranco, mas independente disto,  foi positivo porque desmoralizou ainda mais o golpe, com repercussão violenta no mundo”, considerou.

Edival acredita que impeachment é 'vontade' de empresariado e grande mídia

Conforme Edival Goes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB/SE), o afastamento da presidente causará uma mobilização ainda maior. Edival  ataca a tramitação do impeachment, alegando que o processo é  uma fraude movida por parlamentares, empresários e grande mídia. “Não dá para arranhar a democracia colocando como presidente alguém que não recebeu sequer um voto. É um golpe e está sendo movido por parlamentares do Congresso Nacional, empresariado conservador e grande mídia. Em solidariedade à presidente Dilma e em defesa da democracia, vamos mobilizar a sociedade para que esse golpe não passe em branco”, finalizou.

A mobilização dos manifestantes fez um circuito pelo Centro de Aracaju e retornou à Praça General Valadão, mesmo local de onde partiu.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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