CUT mobiliza sindicatos para ato contra reformas

Cartaz da mobilização (Reprodução CUT)

Trabalhar mais, contribuir mais com a Previdência, receber uma aposentadoria menor e se aposentar mais tarde. Este é o conceito da Central Única dos Trabalhadores (CUT) sobre o futuro que o Governo Federal estaria preparando para a população brasileira. Para a Central Sindical, uma proposta materializada nos Projetos de Lei 6.787, a PEC 287, a PEC 55, a Reforma da Consolidação das Leis Trabalhistas e da Previdência.

A Central Sindical está convocando sindicatos filiados e convidando a população sergipana para uma mobilização denominada 'Ato contra as reformas da morte: Previdência e Trabalhista', que será realizada a partir das 9h da quinta-feira, 9, no Calçadão da João Pessoa, Centro de Aracaju.

O presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques, acredita que todas as categorias de trabalhadores devem participar da construção deste ato e mostrar que não aceitam que através das Reformas da Morte os trabalhadores paguem a conta da crise mundial e brasileira. "Tem mudanças de lei que a população sente de imediato, outras só após muitos anos, a médio e longo prazo. É como uma doença silenciosa que mata. A população não está entendendo a gravidade destas reformas trabalhistas. O Brasil vai retroceder mais de sete décadas, voltaremos ao período anterior à CLT, que foi um divisor de águas para todos os trabalhadores. É o fim da regulamentação dos direitos trabalhistas. Todos serão prejudicados", alertou.

O que muda

Conheça as mudanças detalhadas pela CUT

*Mais trabalho: 10 anos a mais de trabalho e contribuição à Previdência para se aposentar;
*Aposentadoria achatada: Só terá direito a aposentadoria integral quem tiver no mínimo 65 anos de idade e 49 anos de contribuição;
*A pensão por morte será de 50% para o cônjuge e 10% por cada filho até 18 anos. Não será permitido acumular pensão e aposentadoria;
*Fim da compensação pela dupla jornada das mulheres: a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres será 65 anos;
*Idosos de Baixa Renda só poderão receber o Benefício de Prestação Continuada a partir dos 70 anos de idade;
*Sem sindicato: sem qualquer garantia da manutenção dos empregos, trabalhadores terão que negociar direitos e reajustes salariais diretamente com patrões;
*Fim da segurança no emprego: será mais fácil e mais barato demitir.

Na ótica da CUT, o “rombo na Previdência é um dos falsos argumentos usados para fazer a Reforma da Previdência a qualquer custo, retirando direitos e reduzindo benefícios de quem já contribuiu muito para a Previdência”. A CUT revela que os dados oficiais do Governo Federal (SIAF), associados aos números aproximados divulgados em 2015 pela Anfip, revela que a soma das receitas da Seguridade Social chega a R$ 694 bi, sendo R$ 352,6 bi de contribuição previdenciária mais R$200,9 bi de COFINS, R$59,7 bi de CSLL, R$ 53 bi de PIS/PASEP, R$ 20 bi de entidades da Seguridade e R$ 7,8 bi de outras contribuições. A soma das despesas chega a R$ 683 bi, sendo R$ 436 bi de Benefícios Previdenciários, R$41,8 bi de Benefícios Assistenciais, R$ 26,9 bi de Bolsa Família e outros, R$ 102,2 bi de saúde, R$ 48,2 bi de Benefícios do FAT e R$ 27,9 bi de outras despesas. Subtraindo receita e despesa, obtemos um saldo positivo de R$ 11 bilhões. “Então, cadê o déficit da Seguridade Social? Cadê o rombo da Previdência?”, questiona.

O presidente da CUT reforça que o ato também tem o objetivo de informar a população. "Existe um bombardeio na imprensa e as reformas estão sendo absorvidas pela população como algo positivo. O que vai acontecer é a perda de conquistas e direitos trabalhistas, desregulamentação, flexibilização e a liberação para que o trabalhador seja explorado em condições análogas ao trabalho escravo, com aposentadoria mais distante e inacessível para quem contribuiu por muitos anos. Esta realidade se esconde atrás da falsa propaganda de 'modernizar as leis trabalhistas e previdenciárias'. Divulgar o que está prestes a acontecer é uma obrigação mínima de todas as organizações sindicais".

Com informações da Ascom/CUT-SE

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