Empresários prestam solidariedade à Multserv

Susana: "o estado democrático de direito não se alia ao crime" (Fotos: Portal Infonet)

Os empresários de vários segmentos realizaram um ato de solidariedade aos proprietários do grupo Multserv e denunciam suposto ato de vandalismo que teria sido praticado pelos manifestantes contra a empresa e estabelecimentos vizinhos àquela sede, na sexta-feira da semana passada, 31, após o ato de protesto organizados por vários segmentos sociais contra o projeto de Terceirização, aprovado por iniciativa do deputado Laércio Oliveira (SD) – que compõe o grupo empresarial Multiserv – e sancionado pelo presidente Michel Temer (PMDB).

De acordo com o diretor executivo da empresa, William Alves, homens encapuzados teriam agido durante a manifestação e lançado dejetos, além de pichar paredes do prédio onde funciona a empresa, assim como atingiram também imóveis vizinhos, na rua Frei Paulo, em Aracaju. A empresa, segundo o diretor executivo, optou por fazer a limpeza dos imóveis atingidos pelas pichações e sujeira, mas garantiu que há imagens gravadas durante o ato. “Optamos por fazer a limpeza da Multserv e dos vizinhos. Nossa posição é de indignação”, resumiu. A diretoria informou que está avaliando a possibilidade de prestar boletim de ocorrência para a polícia civil investigar este suposto ato de vandalismo.

A coordenadora do Fórum Empresarial de Sergipe, Susana Nascimento, leu uma nota de repúdio aos supostos ataques contra a Multserv, observando que “o estado democrático de direito não se alia ao crime”. Para coordenadora do Fórum, as manifestações se desdobraram em ato criminoso. “O movimento social é válido, mas precisa ser democrático, não deveria ter ocorrido com ações agressivas, com depredações”, disse. “Não justifica um manifesto por conta de um projeto de lei que vem normatizar a terceirização no país”, destacou.

Willian Alves: "nossa posição é de indignação"

O Portal Infonet tentou ouvir organizadores da manifestação, mas não obteve êxito. Na Central Única dos Trabalhadores (CUT), a informação é que a central sindical ainda não se reuniu para avaliar a manifestação e seus desdobramentos. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cássia Santana