Lava Jato: Amorim e Maria estão na lista de investigados

Senadores teriam sido citados em depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos com foro privilegiado citados em depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato.  Dois sergipanos estão nesta lista dos investigados: a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) e o senador Eduardo Amorim (PSDB).

A decisão do ministro foi assinada no dia 4 abril e estava prevista para ser divulgada após o feriado de Páscoa. No entanto, a divulgação foi antecipada para esta terça-feira, 11, depois da publicação de informações pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso à integra das decisões.

O STF divulgou que o ministro Fachin, depois de mandar arquivar [a pedido da Procuradoria-Geral da República],as investigações contra alguns dos políticos citados, também pediu que a PGR se manifeste novamente em inquéritos cuja abertura foi autorizada, para que seja reavaliado se nesses casos os crimes apurados podem ter prescrito ou se deveriam ser investigados em outras instâncias. Neste último grupo, estão os inquéritos relacionados ao senador Eduardo Amorim e à Senadora Maria do Carmo. 

Por meio de nota, a senadora Maria do Carmo disse que recebeu com surpresa a notícia de que havia sido citada em uma das delações da Lava-Jato e que vai aguardar os desdobramentos da investigação para poder se pronunciar. 

O Senador enviou nota esclarecendo alguns fatos citados na imprensa e destacando que não conhece os delatores da Lava Jato. Veja na íntegra:

"O meu nome foi citado na “Lista de Fachin” junto ao da senadora Maria do Carmo (DEM/SE) e que o então prefeito João Alves (DEM/SE) teria solicitado R$ 600 mil para as duas campanhas em 2014. Gostaria de esclarecer que NÃO AUTORIZEI ninguém a pedir valores para a campanha em meu nome, NUNCA tive qualquer contato e NÃO CONHEÇO os empresários Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis e Alexandre José Lopes Barradas – delatores da Lava Jato. NUNCA e em tempo ALGUM pedi nada a Odebrecht e, repito, NÃO AUTORIZEI ninguém a solicitar dinheiro e muito menos tive conhecimento disso. A minha campanha NÃO UTILIZOU recursos de caixa dois. E isso fica comprovado, inclusive, na denúncia divulgada, onde meu nome NÃO aparece como requerente, NEM recebedor destes recursos. Quem solicitou valores aos empresários para uso em caixa dois, que explique e responda pelos seus atos. TODAS as doações da minha campanha foram oficiais, declaradas e encontram-se à disposição no site do TSE. No mais, estou à disposição da Justiça para possíveis esclarecimentos”. 

Por Verlane Estácio

Com informações da Agência Brasil

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