Mova-se: movimento incentiva exercício da cidadania

Movimento foi lançado recentemente em rede social (Foto: Reprodução Rede Social)

A solicitação de informações sobre despesas das câmaras de vereadores de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro e a ação realizada na semana passada, que buscou colher dados sobre aluguéis de imóveis pelo Governo do Estado e a prefeitura de Aracaju para constatar eventuais abusos, foram apenas os primeiros alvos do Movimento Atitude Sergipe (Mova-se).

O movimento, que foi lançado por sergipanos recentemente em rede social tem como foco o incentivo ao exercício da cidadania na fiscalização de atos públicos e dois objetivos básicos.

"O primeiro é pedagógico, no sentido de ensinar aos cidadãos sergipanos as possibilidades que eles têm para exercer seus direitos e cobrar os gestores, e o segundo de auxiliar a gestão pública, apontando falhas e desperdícios", explica o delegado da Polícia Civil, Alessandro Vieira.

O Mova-se, segundo ele, foi idealizado por um grupo de pessoas com interesses comuns, especialmente o do exercício da cidadania ativa. "Ele não tem vinculação partidária e não tem uma coordenação ou direção fixa", afirma Alessandro Vieira, ao ressaltar que as demandas ou informações são apresentadas para o grupo, que decide como realizar a ação e indica os responsáveis por falar sobre ela.

O delegado Alessandro Vieira é membro do Mova-se

"É um grupo aberto para qualquer cidadão, que pode se vincular através da página do Facebook ou por contato direto com um dos integrantes. As informações obtidas poderão gerar encaminhamentos para os órgãos de controle ou até a interposição direta de ações judiciais", esclareceu.                       

De acordo com Alessandro Vieira, em todo país, os brasileiros vivem acomodadas na inércia, tanto do eleitor, que vota sem acesso a informações essenciais com base muitas vezes em propaganda enganosa e abuso do poder econômico, quanto na falta de fiscalização do candidato eleito.

"E também dos gestores que, em grande parte, acham que receberam um 'cheque em branco' dos eleitores e não precisam prestar contas, limitando-se a preparar terreno, recursos financeiros e desculpas para usar na próxima eleição", afirmou o delegado.    

Por Moema Lopes