CUT diz que Reforma Trabalhista vai prejudicar economia

Rubens Marques acredita que trabalhadores viverão com o básico (Foto: arquivo Portal Infonet)

A aprovação no Senado Federal do texto principal que trata da Reforma Trabalhista surpreendeu o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), Rubens Marques. As mudanças na legislação foram aprovadas na noite desta terça-feira, 11, e agora seguem para sanção do presidente Michel Temer.

“Havia uma esperança na classe trabalhadora de que a reforma não fosse aprovada. Eu honestamente cheguei a acreditar que o projeto não seria aprovado. Eu estava em um ato da Frente Brasil Popular contra a reforma e todos lá ficaram muitos surpresos com a notícia”, comenta Rubens Marques.

Rubens Marques avalia a reforma como um retrocesso e acredita que a mudança pode trazer sérias consequências à vida dos trabalhadores e à economia do país. “Acho que o Brasil vai retroagir uns 100 anos. Vamos voltar à época em que não se tinha direito nenhum. A reforma vai levar o trabalhador a uma situação de miserabilidade. Ele vai ganhar um salário de fome que só vai servir para consumir o básico e comprar uma roupa de três em três anos. O trabalhador vai viver somente para pagar água, energia, aluguel e fazer feira. A economia não vive disso”, opina.

Aprovação

Após confusões e protestos da oposição durante toda dia, o plenário do Senado aprovou, por 50 votos favoráveis e 26 contrários, além de 1 abstenção, o texto principal do projeto que trata da reforma trabalhista. A proposta altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo, dentre as mudanças, que o acordado entre patrões e empregados prevaleça sobre o legislado nas negociações trabalhistas.

Texto

A proposta de reforma trabalhista prevê, além da supremacia do negociado sobre o legislado, o fim da assistência obrigatória do sindicato na extinção e na homologação do contrato de trabalho. Além disso, acaba com a contribuição sindical obrigatória de um dia de salário dos trabalhadores. Há também mudanças nas férias, que poderão ser parceladas em até três vezes no ano,  além de novas regras para o trabalho remoto, também conhecido como home office. Para o patrão que não registrar o empregado, a multa foi elevada e pode chegar a R$ 3 mil. Atualmente, a multa é de um salário-mínimo regional.

Por Verlane Estácio

Com informações da Agência Brasil

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