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Problemas no Huse voltam a ser debatidos no MPE (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Os problemas do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) relacionados aos anestesiologistas voltaram à pauta do Ministério Público Estadual (MPE) nesta terça-feira, 17. No final da manhã, ocorreu mais uma audiência com representantes do Huse, da Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS) e dos profissionais, que reconhecem os problemas múltiplos que motivam a suspensão de cirurgias, além de problema de gestão e a frequente ausência de profissionais aos postos de trabalho, que acabam trazendo consequência desagradáveis aos pacientes.
Na audiência pública, conduzida pela promotora Euza Missano, da Promotoria dos Direitos à Saúde do Ministério Público Estadual, os representantes do Huse informaram que as escalas de plantão contam com seis anestesistas no turno da manhã, quatro à noite e cinco profissionais atuando nos fins de semana. Os representantes dos anestesiologistas reconhecem como ideal a formação de escala diurna com sete profissionais e a FHS se comprometeu a formar escala com sete profissionais, durante o dia, número proposto pela categoria, a partir do mês de fevereiro.
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Euza Missano ouve explicações de superintendente do Huse, Francisco Claro |
Conforme acordo firmado na audiência pública, nos próximos 10 dias, a Fundação também deve concluir o regime interno de anestesiologistas e, em 30 dias, deverá apresentar ao MPE a relação nominativa de todos os profissionais faltosos e também daqueles que se recusam a realizar os procedimentos regulares no hospital. A partir do mês de fevereiro, a FHS deverá publicar as escalas de plantão no centro cirúrgico, especificando o nome do anestesista plantonista com identificação da data, equivalente ao dia e ao mês e não o dia da semana.
Ficou estabelecido ainda que as partes envolvidas disciplinarão o fluxo das cirurgias no centro cirúrgico através do regimento interno a ser apresentado ao MPE. Será fixado no centro cirúrgico uma tabela contendo a indicação do nome do paciente, do cirurgião responsável, do tipo de cirurgia, do anestesista e o número da sala onde será realizado o procedimento, tabela que deverá ser atualizada diariamente.
O hospital deve manter o registro em livro próprio de ocorrência ou em aviso de sala referentes aos motivos de suspensão de cirurgias ou eventual ausência de profissional.
Por Cássia Santana