Promotora Euza Missano explica o conteúdo da Ação Civil Pública (Fotos: Portal Infonet) |
Foi realizada na manhã desta quinta-feira, 15 na Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual, uma audiência com a finalidade de informar aos representantes do Sindicato dos Servidores Públicos (Sintasa), da Fundação Hospitalar de Saúde e da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), a Ação Civil Pública ajuizada por conta do atraso no pagamento dos funcionários da Transurh.
Na ocasião, a promotora Euza Missano disse estar tentando por meio da Secretaria de Saúde, que eles sejam aproveitados pela empresa que será contratada. No Huse, a categoria decidiu dar um prazo de 48 horas, podendo cruzar os braços no sábado, 17.
Segundo a promotora Euza Missano, está encaminhando cópia da Ação Civil Pública e as atas de todas as audiências realizadas para discutir o atraso salarial por parte da empresa ao Ministério Público do Trabalho, até porque existem várias questões trabalhistas.
Funcionários participaram de audiência no Hospital de Urgência de Sergipe |
“Eu sei que vocês são a ponta da corda arrebentada. Já falei com o secretário de estado da Saúde para ver se a empresa que for contratada para prestar serviços em lugar da Transur possa absorver os funcionários que passam por sérias dificuldades financeiras, mas não estão faltando ao trabalho. Como não posso atropelar as coisas, estou encaminhando cópias da Ação e atas das audiências ao Ministério Público do Trabalho”, explica Drª Euza Missano.
O assessor jurídico da Fundação Hospitalar de Saúde, Carlos Diego de Brito, a situação dos servidores será discutida em audiência no MPT. “Nós retemos a fatura de fevereiro que seria paga à empresa e ainda não está vencida, para que os recursos possam ser destinados à regularização dos salários. O crédito já está na casa, não será pago à empresa enquanto não for quitada a dívida junto aos servidores e será marcada uma audiência para discutir as questões trabalhistas”, destaca.
Retaliações
Anderson Vidal e Rayvanderson Fernandes, representantes da categoria no Huse |
Os funcionários presentes à audiência mostraram uma preocupação com possíveis retaliações por conta dos gestores, já que muitos estão sem poder ir ao trabalho devido à falta do dinheiro da passagem.
“Nós vamos conversar com os gestores. Não vai acontecer qualquer tipo de retaliação e o ideal é que todos continuem trabalhando. Quem tiver condições de trabalhar assim o faça. Nós da Fundação estamos agindo, a Fundação não está omissa ao problema e antes mesmo das audiências e das denúncias na mídia, estávamos tomando as providências”, garante Diego.
“Nós não estamos aguentando mais essa situação. São oito meses sem receber salário e agora ainda corremos o risco de ficar desempregados”, lamenta Edneide Oliveira.
Já o presidente do Sintasa, Augusto Couto, informou que vai entrar com uma Ação Cautelar visando resguardar os direitos dos servidores.
Assembleia
Assembleia aconteceu no auditório do Huse (Foto: Divulgação Sindicese) |
Enquanto alguns funcionários acompanhavam a audiência, muitos participavam de uma assembleia no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) com a possibilidade de cruzar os braços. Segundo o secretário geral do Sindicato dos Empregados e Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Sergipe, Rayvanderson Fernandes dos Santos, a categoria decidiu aguardar até o próximo sábado, 17.
“Nós estamos protocolando ofícios e vamos esperar que em 48 horas a empresa se manifeste, se o pagamento não for efetuado, estamos decididos a paralisar as atividades. No próximo sábado, vamos fazer uma nova assembleia na porta do Huse”, alerta.
Estão sem receber os salários, cerca de 300 pessoas que prestam serviços à Fundação Hospitalar, 15 à Funesa, cerca de 30 ao Hospital Zé Franco e 125 ao Hospital de Urgência de Sergipe.
Por Aldaci de Souza
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