Marchantes protestam contra proibição do abate de animal

Prefeitura discute com machantes solução (Fotos: Portal Infonet)

Cerca de 40 machantes estão sem trabalhar

Secretário de Saúde já iniciou fiscalização

"Quero local para trabalhar, pois preciso sustentar minha família", afirma fateira

 

 

A decisão do juiz da Vara Cível da Comarca de São Cristovão, Manuel da Costa Neto, tem gerado protestos dos marchantes e fateiras. Na manhã desta terça-feira, 26, um grupo se reuniu na Prefeitura Municipal de São Cristovão para buscar apoio contra decisão judicial que proíbe a entrada de carnes em mercados e feiras que não tenham passado por inspeção sanitária.

O juiz determinou na última quarta-feira, 20, que a Prefeitura impeça a entrada de toda carne que não tenha passado por inspeção sanitária nas feiras livres e mercados.“A justiça proibiu a matança porque muitos estavam matando clandestinamente, pois há três anos o abatedouro foi interditado. A prefeitura não regularizou a situação do mercado pra gente poder trabalhar, por isso voltamos a trabalhar”, explica a fateira Glorismar Teixeira.

Dona Glorismar trabalha com o esposo comercializando as carnes em feiras livres. “Queremos uma solução, saber onde vamos trabalhar. É deste trabalho que tiramos o nosso sustento. Mais de 30 famílias estão sem trabalhar por causa desta proibição”, questiona.

Os marchantes tiveram que se deslocar até o município de Lagarto para realizar o abatedouro dos animais com a proibição.  Segundo o  marchante José Erivelton de Souza, que trabalha há 20 anos neste setor, o deslocamento para Lagarto  fica um custo muito alto. “Este fim de semana fomos para Lagarto, mas o custo é muito alto com transporte e ainda temos que pagar pata abater o animal. E já fomos informados que só poderemos abater no próximo sábado com uma autorização do juiz ou da prefeitura”, afirma.

Interdição do abatedouro

Desde 2009 o abatedouro de carnes de São Cristovão estava interditado por falta de condições sanitárias. Segundo a Prefeitura Municipal de São Cristovão, foi feita as adequações pedidas pela justiça, mas não atendeu as exigências dos órgãos ambientais.

A decisão judicial ainda determina que a prefeitura realize fiscalização nas feiras e mercados, principalmente aos sábados. E deverá coibir o abate desses animais interditando qualquer local não autorizado. Em caso de descumprimento de qualquer uma das medidas, a multa será de 100 mil diretamente ao prefeito e ao coordenador da Vigilância Sanitária.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Thiago Araújo, as fiscalizações já começaram. “Fizemos visitas no último sábado, 23, nas feiras livres para cumprir a determinação judicial. Houve algumas apreensões de carnes, mas não foi possível realizar o transporte, pois a Emdagro e outros órgãos não estavam presentes".

A Prefeitura Municipal de São Cristovão afirmou que buscará uma solução para resolver o problema com os marchantes. Quanto ao deslocamento para Lagarto, a prefeitura analisará a possibilidade de ajudar no custo do transporte.

Por Adriana Freitas e Kátia Susanna

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