Agentes são atualizados para busca em hanseníase

Foi retomado hoje o ciclo de sensibilização de agentes (Foto: Arquivo Infonet)

A Prefeitura de Aracaju retomou hoje dia 27, o ciclo de sensibilização de agentes Comunitários de Saúde (ACSs) para detectar precocemente pessoas com hanseníase e controlar o aparecimento da doença. 

Este semestre, a primeira sensibilização de busca ativa de casos de hanseníase aconteceu hoje pela manhã na Unidade de Saúde da Família (USF) José Quintiliano, localizada na rua Santa Terezinha do bairro Getemana. O ciclo de capacitação local é organizado pelo Programa Municipal de Hanseníase em parceria com a Rede de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

“A atualização sobre os aspectos da hanseníase para as equipes de saúde ajuda os profissionais a reforçarem a busca ativa de pessoas com a doença e a diagnosticarem com maior celeridade a doença. São justamente o diagnóstico e o tratamento precoces os principais instrumentos que temos para a eliminação da doença”, destaca a secretária Municipal  de Saúde, Stella Maris Moreira. 

Dentre os temas abordados, os agentes Comunitários de Saúde atualizaram conhecimentos sobre o diagnóstico, controle e fluxos da assistência clínica em hanseníase. Eles ainda são estimulados a desenvolverem ações de prevenção entre à comunidade. Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Anaíde Prado serão capacitados todos  os ACSs  das 43 unidades de Saúde da Família(USFs) de Aracaju.

“Em Aracaju todas as equipes do Programa Saúde da Família(PSE) desenvolvem ações para diagnosticar, orientar e tratar os doentes. Cada paciente fica sob responsabilidade de uma das equipes do PSE, que faz a assistência até a alta do paciente. Há também auxílio na conclusão desse tratamento e a avaliação dos contactantes, as pessoas que convivem com os doentes”, explica Anaíde Prado.

Saiba Mais

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos, como o fígado, os testículos e os olhos.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, a primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumentam e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões do nariz e dedos, por exemplo, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.

O diagnóstico  acontece, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

Fonte: SMS

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