Família recebe condolência dos amigos (Foto: Portal Infonet) |
Em clima de comoção e revolta ocorreu o velório e o sepultamento da servidora pública Anailde Vieira dos Santos, 60, que faleceu no domingo, 1º, depois de receber dose de insulina no hospital Zé Franco, no município de Nossa Senhora do Socorro. Anailde era uma pessoa muito querida no Conjunto Fernando Collor, onde reside, teve corpo velado na manhã desta segunda-feira, 2, na escola municipal, naquele núcleo habitacional, onde parentes receberam condolência dos amigos, e o corpo foi sepultado às 11h no cemitério local de Nossa Senhora do Socorro.
Anailde era servidora pública de Nossa Senhora do Socorro e trabalhava em um Posto de Saúde do município. A família voltou a denunciar a suposta negligência médica e pretende ingressar com ação judicial contra o médico que a atendeu. “Vamos procurar a justiça, mas não é pelo dinheiro. É pela arrogância, negligência e o descaso do médico diante da situação da minha mãe”, desabafou a auxiliar de contabilidade Cristina de Oliveira Santos.
A família acredita que houve negligência médica porque dona Anailde Vieira teria advertido para o fato de ser alérgica a insulina e que a diabete que sofria seria controlada com uma outra medicação. “Ela (Anailde) falou que era alérgica, que não podia tomar a insulina e a enfermeira ainda perguntou ao médico se era para aplicar a insulina assim mesmo e ele disse que era sim para aplicar porque ele sabia o que estava fazendo”, conta Cristina. “A diabete dela era emocional e era controlada com um comprimido”, complementa a filha.
O episódio foi registrado em Boletim de Ocorrência na Delegacia Plantonista como homicídio culposo. O delegado de polícia de plantão, Washington Okada, autorizou a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi realizada a autopsia pelo legista Francismo Máximo. “O laudo só sai em 30 dias. Vamos esperar o laudo e já contratamos um advogado para processar o médico”, avisa a filha Cristina Oliveira.
Procurada pelo Portal Infonet, a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde divulgou nota oficial sobre o episódio, assegurando que o diretor do hospital, Marcos Sarmento, informou que a paciente recebeu atendimento e que não foi transferida para outra unidade por não apresentar estabilidade no quadro de saúde. "Quanto à questão de uma reação alérgica, o diretor informa que não há evidências clínicas de que este fato tenha acontecido".
"Mesmo assim – continua a nota, a diretoria do Hospital irá prosseguir na investigação do acontecido em relação a medicamentos e procedimentos. Paralelo a isso, o corpo foi necropsiado no IML, cujo laudo irá esclarecer o diagnóstico".
Por Cássia Santana
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