Servidores criam Comando Unificado (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Todos os segmentos da saúde pública estadual optaram por unificar o movimento e apostam na unidade para conquistar um Plano de Cargo, Carreira e Vencimentos (PCCV) que aglutine os anseios das categorias. No final da manhã desta sexta-feira, 20, representantes de cada segmento se reuniram e criaram um comando unificado, para deliberar sobre as ações que serão realizadas pelos servidores no Estado de Sergipe.
Na reunião, ficou estabelecido que no próximo dia 25, atendendo deliberação de assembleia geral unificada realizada na noite da quinta-feira, 19, as categorias paralisarão todos os serviços, mantendo apenas o atendimento de urgência e emergência. Durante todo o dia 25, a partir das 7h, os servidores realizarão uma grande manifestação na avenida Tancredo Neves, em frente ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
Rubens Marques: greve geral no serviço público |
A mobilização dos servidores ganha apoio da Central Única dos Trabalhadores (Cut). O presidente da central sindical, Rubens Marques, considera um grande avanço a unificação do movimento na área de saúde e defende uma greve geral em todas as atividades do serviço público estadual. “A Cut defende a unificação de todos os servidores da administração estadual e propõe uma greve geral de todos os servidores públicos porque fortalece o movimento e obriga o governo a negociar o plano de carreira”, comenta Marques.
De acordo com informações da sindicalista Samanta Bicudo, membro do comando unificado dos servidores da saúde, a manifestação na avenida Tancredo Neves no próximo dia 25 terá como objetivo dar publicidade dos problemas enfrentados pelos servidores da área de saúde e também para alertar a comunidade sobre a probabilidade de uma greve geral por tempo indeterminado na área de saúde, que poderá acontecer a partir do mês de agosto. “Se até lá não ocorrer avanço nas negociações, vamos para a greve geral na saúde”, alerta Bicudo.
Samanta Bicudo: indicativo para greve geral na saúde |
A mobilização é fruto da contraproposta apresentada pelo Governo do Estado. Segundo Samanta Bicudo, a proposta do governo não apresenta novidades. Trata-se do mesmo projeto de PCCV apresentado pelo governo no ano de 2010. “O que o governo nos apresenta é um retrocesso, com um agravante: o percentual na carreira, que são as progressões, foi reduzido”, comenta Bicudo.
De acordo com a sindicalista, os servidores apresentaram uma proposta unificada defendendo um percentual de 5% nas progressões da carreira enquanto no plano do governo este percentual cai para 1,5% a 2%.
O Portal Infonet tentou ouvir o governo. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde limitou-se a informar que a mesa de negociação é permanente e que as reuniões ocorrem rotineiramente. “As categorias fazem reivindicações, a Secretaria avalia, apresenta proposta e discute com os sindicatos. Estes vão discutir com os profissionais de cada categoria e trazer contra propostas. Todas as propostas são analisadas de acordo com a legalidade e a possibilidade financeira de implantar o PCCV de forma imediata, que é um desejo das categorias”, diz a nota.
Por Cássia Santana
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