Wesley nasceu normal, mas desenvolveu paralisia cerebral. (Foto: Gacc) |
Wesley de quatro anos desenvolveu no início do ano passado uma paralisia cerebral, doença que necessita de cuidados especiais e tratamento. A criança é filha de Judivan da Silva Melo e José Wilson Albuquerque, moradores do povoado Lagoa do Porco no município de Gararu, a 160 km da capital, que dizem não conseguir transporte para tratar o filho.
Segundo a mãe, Wesley nasceu normal, mas com dois anos começou a sofrer desmaios. A família resolveu então procurar o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc) que encaminhou Wesley para fazer exames e foi descoberta a paralisia. O problema segundo Judivan Melo não está na realização do tratamento e sim no transporte. A família informou que já procurou por diversas vezes auxílio no transporte de Gararu para que o filho realize o tratamento em Aracaju. “A gente já procurou todos os setores para resolver o problema do menino. Mas sempre ficam passando a gente de um setor para outro. Procurei a assistente social e ela informou que com ele já é aposentado, o dinheiro dá para pagar o transporte”, lamentou.
A mãe afirma ainda que sempre solicita o transporte, mas muitas desculpas são dadas para não levá-los o que resulta na interrupção do tratamento. “Agora estamos precisando de uma coisa simples que a secretaria pode fazer e não faz. Quando a gente tenta solicitar o transporte tem vezes que diz que o carro está viajando, outra hora diz que não tem carro, que o carro está quebrado”, denuncia.
Segundo informações do Gacc, foi receitado pelos médicos que haja três sessões semanais de fisioterapia para Wesley, isso para recuperar a coordenação motora do garoto que desde o descobrimento da doença já ficou internado, teve Acidente Vascular Cerebral (AVC) e três paradas cardíacas.
A família resolveu procurar o serviço para conseguir o transporte, tentativa essa que já dura mais de um mês, porém ainda sem êxito. “Tem muito tempo que eu procuro o carro, já teve vez de esperar 3 meses para conseguir. A gente precisa ligar para vir o carro, já aconteceu de vir atrasado e dele perder o horário do tratamento e quando chega lá não espera terminar a fisioterapia”, afirmou.
Judivan Melo informa ainda que o serviço de transporte se funcionasse de forma adequada iria ajudar outras famílias. “Os carros não são só para mim, são várias mães que precisam. A saúde aqui está péssima. Só vou esperar essa semana porque daqui para terça-feira vou procurar meus direitos”, finalizou.
A Equipe do Portal Infonet entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Gararu, mas o secretário Silvan Moura Albuquerque informou que a denúncia da família é infundada. “A fisioterapia é feita na sede de Gararu, nós como gestores colocamos à disposição fisioterapia de manhã e de tarde. No caso deles que são de povoado é mais fácil tanto para o transporte como pela distância realizar o tratamento à tarde”, informou.
O secretário explicou ainda que “a denúncia é política e que a mãe da criança pretende ter o carro à disposição apenas do filho dela, o que não é possível porque não temos condições de colocar um carro apenas para um paciente”, finalizou.
Por Allana Andrade
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