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| Dificuldades na aprendizagem podem ser sinais de dislexia (Foto: Arquivo Infonet) |
Você ou seu filho possui problemas ao ler, escrever, interpretar textos ou fazer cálculos matemáticos? Fique atento, pois a persistência destes sintomas podem ser sinais de dislexia, um transtorno genético hereditário que se caracteriza por um distúrbio de aprendizagem e linguagem.
A psicóloga Andréia Chagas explica que os sintomas da Dislexia são normalmente percebidos na fase de alfabetização de criança. “Por ser um distúrbio de aprendizagem, a criança poderá trocar letras, omitir sílabas, inverter palavras e ter dificuldades de interpretar os textos. Então, é na alfabetização que tudo isso fica mais claro e os professores e pais percebem que a criança não consegue acompanhar os demais”, comenta.
Ainda de acordo com a psicóloga, o distúrbio é apenas uma limitação. “A pessoa com dislexia é inteligente. Ela não tem problema para aprender, mas pratica esta ação de uma forma diferente. É a forma de ser da pessoa, o cérebro funciona de outro jeito, nem melhor, nem pior”, ressalta.
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| Psicóloga Andreia Chagas explica que sintomas da dislexia são geralmente percebidos na fase de alfabetização |
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno atinge de 0,5% a 17% da população mundial, e pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
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“A pessoa que chega na fase adulta sem tratar a dislexia pode apresentar muitas dificuldades emocionais, pois são inseguras, acham que são burras ou não tem condições de aprender. Quando na verdade a falta de um diagnóstico, que deveria ser feito lá atrás, impediu que pessoa crescesse emocionalmente saudável”, esclarece Andréia Chagas.
Andréia Chagas ainda chama a atenção para a importância do fato de que os professores devem estar capacitados para lidar com a dislexia. “Frequentemente o professor não sabe identificar e acaba confundindo as coisas, sem perceber que aquilo é uma limitação da criança. É preciso que esta seja matriculada em uma escola normal e preparada para lidar com isso, caso contrário, ela até pode criar um mecanismo para viver naquela realidade, mas isso poderá resultar em várias complicações em sua auto-estima”, complementa.
Diagnóstico
Para que a doença seja detectada é preciso que um diagnóstico multidisciplinar seja realizado. O diagnóstico é feita por exclusão e deve envolver profissionais psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e neurologistas, dentro outros, para que outros problemas sejam descartados.
Tratamento
A dislexia não tem cura, mas segundo pesquisas realizadas, um tratamento feito com a participação de especialistas de várias áreas possibilita que o portador da dislexia leve uma vida normal apesar dos comprometimentos no processo de aprendizagem da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
