Em breve, câncer será a maior causa de morte no país

Segundo dados do Inca, cerca de 520 mil novos casos devem aparecer este ano (Foto: Portal Infonet)

O número de câncer no país cresce a cada ano e segundo aponta dados do Instituto Nacional do Câncer  (Inca), cerca de 520 mil novos casos da doença devem aparecer este ano.

De acordo com o médico Eduardo Azevedo, muito em breve o câncer se tornará a doença com primeira causa de morte em todo país. “A primeira causa de morte são as doenças cardiovasculares e a segunda causa já são os cânceres. Quanto menos desenvolvido o país mais se morre de causas violentas e de doenças infecciosas. O Brasil está mais perto de um país de ponta, então hoje nós temos as doenças cardiovasculares matando mais, mas em breve o câncer provavelmente será a primeira causa de morte no mundo desenvolvido”, conta.

Na avaliação do médico Eduardo Azevedo, a má alimentação, aliada a falta de atividade física contribui para essa estatística. “Os nossos hábitos ainda não são nadas saudáveis, então nós continuamos comendo muito, as pessoas estão cada vez mais obesas, fazendo menos exercício físico. Por mais que a gente tenha propagandas, os nossos hábitos de vida poucos saudáveis são fatores de risco”, diz

O calcanhar de aquiles continua sendo a radioterapia

Com a evolução da medicina, os tratamentos são cada vez mais personalizados. Apesar dos investimentos realizados, o médico Eduardo Azevedo garante que ainda há o que ser feito.“O importante é saber que tipo de câncer acomete o nosso paciente e em que grau a doença está espalhada no corpo. Daí a gente desenha uma linha de tratamento, seja tratamento por meio de quimioterapia, cirurgia, radioterapia ou por uma combinação de tratamentos”,afirma.

Sinais

Eduardo Azevedo esclarece que os médicos sempre esperam que a pessoa não precise apresentar sintomas para fazer o diagnóstico precoce. “Quer dizer se existe um sintoma há um diagnóstico de câncer e eles são totalmente inexpressivos, por exemplo, para o câncer da laringe eu posso ter uma rouquidão ou uma tosse que não para, no caso do câncer de pulmão eu posso ter dor no peito, catarro com sangue, dificuldade para respirar, em outros câncer eu posso ter dor como sintoma predominantes, sangramentos, mas o ideal é que eu não espere por sintomas porque a gente está diante de um quadro já bastante adiantado”, diz.

Apesar de muito dolorido, a verdade sempre é a melhor opção a ser dita ao paciente. “Por mais que eu como médico sofra, que os familiares sofram, doente é o paciente enfermo e nós não temos o direito de esconder ou de negar a verdade. É lógico que esse é um dia extremamente ruim na vida de qualquer ser humano e não é fácil para o médico dizer e sem duvida um momento impar, extremamente doido para o paciente e família, mas infelizmente comunicar é um ato necessário”, afirma.

Tratamento

Quanto aos tratamentos utilizados pelos pacientes, o calcanhar de Aquiles é a radioterapia, segundo definiu Eduardo Azevedo. “Por que nós ainda não conseguimos ter um investimento a altura da necessidade. Nós temos excelentes especialistas em radioterapia, mas nós não temos a quantidade de aparelhos que consiga suprir a nossa demanda, mas o que eu posso dizer é que de uma forma geral, o estado de Sergipe tem uma ótima colocação frente a todo pais. Excelentes profissionais e uma tecnologia muito boa”, garante.

Por Aisla Vasconcelos