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(Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O corpo do bebê, que nasceu morto na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, ainda não foi encontrado. O pai da criança, Edivaldo da Graça, já procurou o Departamento de Atendimento a Grupo Vulneráveis (DAGV) que investiga o caso.
De acordo com Edivaldo, a esposa recebeu alta no último sábado, 20, e ao retornar na última terça-feira, 23, para cuidar do sepultamento, a maternidade não conseguiu localizar o corpo do bebê que nasceu morto. “Minha esposa está muito abalada com a perda, e vamos aguardar uma resposta da maternidade que marcou uma reunião amanhã”, explica. Edivaldo também informou que já prestou queixa na DAGV sobre o sumiço do corpo.
O marido conta que a dona de casa Maria Rejane de Oliveira, 24 anos, estava gestante de seis meses. Ela passou mal em casa, no município de Japaratuba, na última terça-feira, 17. Maria Rejane foi encaminhada a uma clínica local e em seguida ao Hospital de Capela, onde a médica informou que não estava conseguindo ouvir os batimentos do bebê.
Edivaldo conta que a esposa teve uma gravidez tranquila.“Ela fez um pré-natal sem complicações, não foi uma gravidez de risco. Ela foi encaminhada a maternidade em Aracaju, onde o bebê nasceu morto”, lembra Edivaldo que chegou a fazer imagens do bebê.
SES
A Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) informou que já está sendo aberto um processo administrativo para apuração do caso. Em nota informou quais medidas estão sendo adotadas em relação ao caso. Confira a nota encaminhada ao Portal Infonet na íntegra.
"A assessoria jurídica destaca que será dada agilidade às investigações. "De imediato, solicitamos toda a documentação de entrada e saída de corpos desde a data do óbito do bebê para apurarmos caso a caso para identificar o mais rápido possível o que aconteceu, se houve erro do servidor do necrotério, de outra família que teria reconhecido o feto errado, então tudo precisa ser considerado em uma avaliação como esta", afirma o procurador da Fundação Hospitalar de Saúde, Carlos Diego de Freitas. Para a retirada de um feto do necrotério, a orientação do serviço social da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes obedece a um protocolo. "Assim que o bebê vai a óbito, os pais recebem a Declaração de Óbito para providenciar a Certidão no cartório da própria maternidade. Com esse documento, a família é encaminhada ao necrotério, onde os dados devem ser checados, como o nome da mãe, o peso do feto e a data de óbito que constam que acondiciona o cadáver. Essas informações devem ser conferidas no livro de registro do necrotério. O pai ou responsável pela retirada do feto assina no livro, atestando que recebeu cadáver", esclarece Fátima Andrade, referência técnica da do serviço social da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.Para evitar constrangimento, porque esse é um momento de muita dor para a família, os pais não são obrigados a olhar o feto, mas são aconselhados a fazer isso, para evitar quaisquer problemas. "Lamento muito o que aconteceu, me solidarizo com o momento da família e esclareço que não pactuo com esse tipo de erro e, por isso, pedi agilidade na apuração do fato para abreviar esse sofrimento. É preciso identificar onde ocorreu a falha e não permitir que isso volte a acontecer", conclui o secretário estadual da Saúde, Silvio Santos".
Por Adriana Freitas e Kátia Susanna
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