Equipamento para tratamento radioterápico (Fotos: Arquivo Portal Infonet) |
Mais uma audiência foi realizada na manhã desta terça-feira, 6, na Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE) para discutir o problema das filas para tratamento radioterápico de pacientes oncológicos em Sergipe. A fila de espera no Sistema Interfederativo de Garantia e Acesso Universal (Sigau) é de 246 pacientes para iniciar o tratamento de radioterapia.
Na audiência, o coordenador do Sigau, Jorge Henrique Felipe de Almeida, informou que existem dois serviços de radioterapia disponibilizados pelo Estado, sendo um no Hospital de Cirurgia e outro no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), mas apenas o serviço do Cirurgia realiza radioterapia 3D.
O coordenador ainda disse que, para determinados tratamentos como câncer de próstata e mama, há a necessidade de um sistema de planejamento computadorizado diferenciado que o Huse não possui e que os 246 pacientes da fila de espera somente poderão se encaminhados ao Hospital Cirurgia em função do funcionamento do sistema 3D e do planejamento computadorizado. “Há pacientes com câncer de próstata na fila desde março de 2012, mas os casos de urgência são encaminhados em tempo mais curto, a exemplo do câncer de mama”, ressalta.
Audiência foi presidida pela promotora Euza Missano |
A radioterapeuta do Huse, Waldenice Ferreira, ressaltou que o hospital tem conseguido absorver os pacientes para tratamento radioterápico em sistema bidimensional, inexistindo fila atualmente, mas não possui sistema computadorizado para planejamento.
“O serviço do Huse não realiza procedimento em 3D, o que poderia também fazer assistência da fila de 246 pacientes existentes no Sigau, diminuindo o tempo de espera dos pacientes para iniciar o tratamento de patologias graves”, destaca, acrescentando que o Huse atende de 75 a 80 pacientes e que é importante a regularização do serviço.
A coordenadora do Setor de Oncologia do Huse, Rute Andrade, disse que o hospital não realiza tratamento radioterápico para câncer de mama e de próstata, que são os dois tumores de maior incidência, atingindo um quantitativo significativo da população.
Cirurgia
O diretor clínico do Hospital de Cirurgia, Wagner Andrade, afirmou que a fila existente no Sigau é porque o Cirurgia não consegue absorver a todos em função da capacidade operacional.
“Atualmente, são atendidos no Cirurgia, 54 pacientes oncológicos, podendo chegar até 70, mas há riscos de comprometer o funcionamento da máquina. O hospital atende pacientes da Unimed, com plano de assistência à saúde através de contrato firmado com a cooperativa médica e somente quatro pacientes recebem atendimento com pagamento realizado pela operadora ao Cirurgia”, enfatiza, lembrando que os pacientes de planos de saúde irão integrar a fila única do Sigau.
Já existe uma Ação Civil Pública expedida pelo Ministério Público Estadual sobre a realização dos serviços de radioterapia em Sergipe.
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