Caps: servidores reclamam de atraso de salários

Caps não apresenta alteração nos serviços (Foto: Portal Infonet)

Os usuários do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) Jael Patrício de Lima, no Santos Dumont, ainda não sentem os efeitos, mas os servidores terceirizados já iniciaram uma espécie de greve branca em protesto ao atraso dos salários correspondentes ao mês de outubro. A mobilização dos servidores ainda é tímida, mas já começa a ser percebido internamente, conforme admite a coordenadora do Caps, Elberlene Arimateia.

Os servidores terceirizados não querem ser identificados e ainda estão trabalhando, de forma lenta, porque temem represálias, informaram os servidores ao Portal Infonet. Nesta segunda-feira, 19, algumas atividades relacionadas às oficinas dirigidas a pacientes com transtornos mentais já começam a ser paralisadas, segundo informações dos servidores administrativos que preferem o anonimato.

A coordenadora do Caps admite que há problemas com os servidores administrativos daquela unidade, mas garante que a mobilização ainda não afeta os serviços oferecidos aos usuários. Familiares ouvidos pelo Portal Infonet nesta segunda-feira, 19, não perceberam a greve branca dos servidores terceirizados. Eles disseram que os usuários permanecem frequentando o Caps sem transtornos.

A coordenadora não soube explicar os motivos da mobilização dos servidores administrativos e solicitou que o Portal Infonet buscasse informações junto à Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Em nota encaminhada ao Portal Infonet, a Ascom da SMS diz que o pagamento dos salários dos servidores é de responsabilidade da empresa Multserv, contratada para prestação dos serviços.

A Multserv também se manifestou por meio de nota encaminhada ao Portal Infonet por meio da assessoria de imprensa. Na nota, a Multserv admite atraso no pagamento dos salários referentes ao mês de outubro e se compromete a regularizar a situação “tão logo seja possível”.

A Multserv esclarece ainda que os problemas que envolvem o atraso no pagamento dos salários é decorrente de débitos que a SMS tem com a empresa. “O problema é que o passivo da PMA com a empresa já é da ordem de R$ 6 milhões, o equivalente a cerca de quatro meses de prestação de serviços”, informa a Multserv, na nota. “Com os atrasos que se acumularam, a situação chegou ao ponto de, realmente, a empresa atrasar os salários de outubro para alguns funcionários envolvidos no contrato com a Secretaria Municipal de Saúde”, admite a empresa, na nota encaminhada por meio da assessoria de imprensa.

No entanto, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde informa que a PMA “vem fazendo repasses mensais regulares à Multiserv, inclusive acima dos valores de cada contrato para reduzir o passivo existente até o termino do exercício” e que a SMS vem “solicitando aos proprietários da Multiserv a priorização dos salários dos trabalhadores”. 

Por Cássia Santana

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